quinta-feira, 26 de novembro de 2009

Controle de Rebanho - VIII

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Na terceira parte deste artigo concluímos, definitivamente, que a finalidade da Escrituração Zootécnica e o que interessa ao criador são as informações geradas a partir dos dados coletados em campo (fazenda). Mas, de que dados estamos falando? Quais, quantos e de que tipos? Didaticamente, podemos agrupar esses dados da seguinte maneira: (1) Identificação; (2) Desenvolvimento; (3) Reprodução; (4) Sanidade; (5) Avaliação; e (6) Manejo.

5. Avaliação:

Hoje, muito mais que ontem, o tema Produtividade é a bola da vez. Em qualquer segmento produtivo é imperativo que os índices de produtividades sejam os maiores possíveis. Mas por que essa agonia toda? Basicamente por dois motivos: (1) na verdade temos, todos nós, que sermos produtivos e quanto mais, melhor; e (2) os preços de venda dos produtos são definidos pelo mercado comprador. Por outro lado, os custos de produção, muita das vezes são tão altos que chegam próximos ou mesmo ultrapassam os preços de venda.

Em face disso é preciso produzir mais com menos. Temos que ser eficientes; Não basta ser apenas eficaz! Produzir mais arrobas por matriz, por hectare, por ciclo produtivo, etc. e etc. Se entendermos que “da porteira pra dentro mando eu; da porteira pra fora quem manda é o mercado”, fica fácil assimilar que a boa gestão de qualquer negócio, entre outras coisas, requer eficiência no processo produtivo, também.

A matriz - bovina, caprina, bubalina ou ovina – é quem produz e, também, quem consome, direta ou indiretamente, os recursos no negócio pecuário. Logo, precisamos dar-lhe toda a atenção e “ficar de olho” nela o tempo todo. Por “ficar de olho” entende-se que devemos avaliar, constantemente, o desempenho de cada matriz e, consequentemente, do rebanho.

O software Capataz® dispõe de recursos que permitem ao criador exercer rígido controle sobre o desempenho das matrizes. Elas são avaliadas em diversas ocasiões e segmentos. O Capataz® avalia a matriz, mediante pontuação, de maneira transparente e automática, quanto à Produção, Reprodução, Desempenho e Sanidade.

quarta-feira, 25 de novembro de 2009

Controle de Rebanhos - VI

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Na terceira parte deste artigo concluímos, definitivamente, que a finalidade da Escrituração Zootécnica e o que interessa ao criador são as informações geradas a partir dos dados coletados em campo (fazenda). Mas, de que dados estamos falando? Quais, quantos e de que tipos? Didaticamente, podemos agrupar esses dados da seguinte sses dados da seguinte sses dados da seguinte maneira: (1) Identificação; (2) Desenvolvimento; (3) Reprodução; (4) Sanidade; (5) Avaliação; e (6) Manejo.

Na quarta parte comentamos sobre os elementos do grupo Identificação, suas particularidades, importância e como o Capataz® lida com eles. Trataremos, agora, do grupo Desenvolvimento. Na quinta parte abordamos os elementos do grupo desenvolvimento, suas particularidades, importância e como o Capataz® lida com eles. Desta feita, falaremos do grupo Reprodução.

Em uma fazenda de cria, evidentemente, o segmento reprodução é crítico. Não há margem para erro. Se a matriz não emprenhar, ter boa gestação e parir pelo menos uma cria, sadia e perfeita, a cada ciclo reprodutivo, pode-se dizer que “a vaca foi pro brejo!” Entretanto, para a fêmea emprenhar, gestar e parir “muita água passa sob a ponte.”, já dizia meu saudoso pai quando se referia a alguma coisa trabalhosa, demorada e custosa.

Sem mais delongas, vamos começar com a fêmea em idade de primeira cobertura. Como ela está? Tamanho, conformação e peso ideais? Sim, não, talvez? Se a resposta for Sim ou não, há evidência de que existe algum controle por parte do criador, pois ele sabe da situação do animal. Se sim, procede a cobertura; Se não, deve identificar as causa da não-conformidade e toma as providências cabíveis, inclusive descartar o animal, se for o caso. Agora, se a resposta for “talvez”; mau sinal! Fazer o que? “- bota ela lá com o reprodutor pra vê que bicho que dá!” Lembra da lei de Murph? Pois é, num vai dá nada; bicho nenhum! Mas é certo que um baita prejuízo o infeliz criador vai ter, isso vai!

Preparar uma fêmea para ser reprodutora começa lá atrás, com o planejamento do acasalamento de seus pais. Entre tantas coisas, é preciso lembrar, constantemente, que a matriz, antes de tudo, tem que ser boa mãe! E pra ser boa reprodutora, o que é preciso? “- Um monte de coisa”, dispara os doutores em reprodução animal.

Bem, sem entrar nas minúcias da genética e outras coisas complicadas, vamos nos ater apenas aos controles inerentes à vida reprodutiva da matriz: (1) idade e peso conformes; (2) apresenta cio; (3) acasalamento planejado (época, reprodutor, etc.); (4) houve cobertura; (5) prenhez confirmada; (6) agenda de eventos subseqüentes à confirmação da prenhez (terço-final, vacinação e vermufigação preventivas, da provável do parto); (7) Registro do fim da gestação (parto, aborto, etc.); (8) Cadastro da cria; (9) avaliação da habilidade materna.

O software Capataz® está preparado para registrar tudo isso, de uma maneira simples e fácil. O Capataz® trabalha o processo reprodutivo da maneira como ele ocorre ou deveria ocorrer. Tudo começa com a avaliação da condição das matrizes e dos reprodutores. Registram-se os exames pertinentes realizados e seus resultados. Se aptas, o Capataz® as libera para a estação de monta.

Segundo passo é formar famílias ou haréns (um reprodutor e suas matrizes) em estação de monta, de maneira que se sabe que aquele grupo de fêmea será coberta por determinado reprodutor. Passo três: observar e registrar os cios; data e hora ou turno. Passo quatro: observar e registrar as coberturas; data e hora ou turno. Quinto passo: realizar exame específico para detecção ou não de prenhez. Registrar o resultado apurado. Sexto passo: Registrar o fim da gestação (data, hora ou turno, tipo de parto, condição do parto, quantidade de crias, sexos e pesos). Sétimo passo: avaliar a matriz quanto a sua performance de mãe (habilidade materna) e registrar os resultados apurados.

Para facilitar todo esse processo, o Capataz® dispõe de formulários específicos para cada etapa (exame, acasalamento, cio, cobertura, prenhez, parto e avaliação). Tudo muito simples e amigável o processo de inclusão dos dados. Na fase de diagnóstico da cobertura, por exemplo, o Capataz® usa o recurso ‘Derived Choice’ para calcular e definir as datas dos eventos subseqüentes no caso de confirmação da prenhez.

terça-feira, 24 de novembro de 2009

Controle de Rebanhos - IV

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Na terceira parte deste artigo concluímos, definitivamente, que a finalidade da Escrituração Zootécnica e o que interessa ao criador são as informações geradas a partir dos dados coletados em campo (fazenda). Mas, de que dados estamos falando? Quais, quantos e de que tipos? Didaticamente, podemos agrupar esses dados da seguinte maneira: (1) Identificação; (2) Desenvolvimento; (3) Reprodução; (4) Sanidade; (5) Avaliação; e (6) Manejo.

Identificação: São informações (dados, no sentido estrito) que tem por objetivo identificar ou distinguir os animais uns dos outros. Basicamente são: (1) o código ou número, exclusivo, que identifica o animal. É, digamos, o cpf do animal. - Geralmente esse número é afixado em uma plaqueta de plástico que é colocada na orelha do animal. É, também, esse código que faz a interface com o usuário do sistema de Escrituração zootécnica. - (2) a data de nascimento; (3) a filiação, e a (4) raça.

No sistema Capataz®, esse grupo é composto por mais de 70 itens. Nossa ... pra que tanto?! Creia, cada um desses itens tem sua razão de ser. O Capataz® usa cada um deles, isoladamente ou em conjunto, para gerar informações úteis.

Você deve está questionado o grau de dificuldade encontrado na coleta desses dados. Bem, o processo de coleta pode ser mais ou menos difícil ou fácil, como queira. O fato é que com planejamento, metodologia, critérios e disciplina adequados, a realização dessa tarefa é mais simples que você possa imaginar.

Por outro lado, também, deve está imaginando que escriturar/registrar esses dados não é tarefa fácil. Pode ser difícil, fácil ou muito fácil. Vai depender do sistema (programa) que você estiver utilizando. Se você utilizar o Capataz®, verá que o registro dos dados coletados é tarefa muito fácil; simples e até divertida.

Outra coisa muito importante que se deve observar ao adquirir um software de Escrituração Zootécnica ou de Controle ou Gerenciamento de Rebanhos: quanto mais ‘amigável’ for o software, melhor! Entende-se por amabilidade a qualidade que o programa possui em interagir com o usuário de maneira a facilitar o trabalho de cadastramento dos dados coletados, bem como o de extrair as informações desejadas.



O Capataz® é um dos softwares de maior interabilidade dentre os existentes no mercado brasileiro. Além de um leiaute harmônico de suas telas (formulários para registro de dados), a atividade de cadastramento é facilitada pelo processo ‘choice down’, o que permite que o usuário escolha, numa lista, o dado a ser registrado ao invés de digitá-lo. Esse mecanismo, além de facilitar o processo de cadastramento, também evita que o usuário cometa erros, comuns nessa atividade.

Outro mecanismo que o Capataz® possui é o ‘Derived Choice’, pelo qual o Capataz® escolhe um determinado dado em função de um ou mais dados anteriormente digitados ou escolhidos. Exemplo: Após escolher os pais do animal que está sendo cadastrado, o Capataz®, sozinho e automaticamente, define qual a pureza racial deste animal em função das purezas do pai e da mãe. Assim, se o pai é PO e a mãe é LA-I, a pureza do animal, escolhida pelo Capataz®, será LA-II.

domingo, 22 de novembro de 2009

Controle de Rebanho - Parte III

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Na primeira e segunda partes deste artigo tecemos comentários sobre o que é, e para que serve a Escrituração Zootécnica; e as vantagens em utiliza-la.

No que diz respeito à realização da Escrituração Zootécnica, vimos que, efetivamente, a melhor maneira de registrar as diversas ocorrências - de interesses zootécnico, econômico e financeiro - de uma fazenda de criação de gado é utilizando um programa de computador.

E o porquê disso? É que coletar e registrar os dados, tais como: data da cobertura, quem acasalou com quem, data do parto, tipo de parto, peso ao nascer, pesagens, tratamentos, vermifugação e vacinação (data e produto aplicado), etc. e etc. quando feita em caderno ou em ficha da muito trabalho e pouco resultado.

E por que pouco resultado? É que o importante, o que interessa. O objetivo da Escrituração Zootécnica é a geração de informações. Sim, isso mesmo! As informações, rápidas e precisas, tais como: quantas cabeças (total, por sexo, por categoria, etc.); quantos nasceram; quantos morreram (e suas causas); diversos Índices (mortalidade, prolificidade, fertilidade, cobertura, prenhez, etc.); quais fêmeas ainda não pariram (nulíparas); Intervalo entre partos; etc.

Todas essas e muitas outras informações, são derivadas dos dados coletados em campo (fazenda). Entretanto, para gerar essas informações a maioria das vezes é preciso fazer cálculos; muitos e complexos cálculos que manualmente seriam quase impossíveis em face da demora e dos custos! Entretanto, com um programa de computador especialmente desenvolvido para Escrituração Zootécnica as informações são obtidas com apenas um clic!

No mercado brasileiro existem alguns softwares nesse segmento. Um dos melhores softwares para Escrituração Zootécnica e Gerenciamento de Rebanhos é o Capataz® da Capataz Assessoria Rural. Veja a “cara” do sujeito:



O Capataz® é um programa enxuto, objetivo e fácil de usar, destinado ao controle de rebanhos e a escrituração zootécnica de Bovinos, Ovinos, Caprinos e Bubalinos. Armazena em seu banco, dados essenciais e suficientes para gerar informações úteis e precisas sobre o desenvolvimento e a performance de cada animal e do rebanho.

Seu foco é na matriz, por ser ela maioria em qualquer rebanho, além do que são elas que produzem as crias, objetivo principal de qualquer criatório. O Capataz® tem um cuidado todo especial pelas fêmeas. Procura controlar tudo delas. Para se ter uma idéia, o Capataz® armazena em seu banco de dados mais de 99 informações (dados) de cada animal.

Mas, e os machos? O Capataz® é exigente com os Reprodutores. Têm que mostrar serviço. Ser funcionais. Relata tudo, com detalhes. Se presta, se não presta. Quem cobre mais ou menos. Quem emprenha mais ou menos. Quem gera filhos mais pesados ou leves. E assim por diante. Ele tem em relatório chamado “Mapa da Capacidade de Serviço” que mostra o que cada um fez ou deixou de fazer dia a dia.




Continua ...

segunda-feira, 9 de novembro de 2009

Controle de Rebanho – Parte I

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Diariamente nos deparamos com situações que nos levam a meditar sobre o porquê das coisas darem certo ou não. Geralmente, verificamos que o que deu certo ou o que fez sucesso está alicerçado, de alguma forma, em controles bem estruturados e suficientes que permitem a realização de ações, adequadamente planejadas e necessárias para a obtenção do resultado desejado.

Todo o nosso dia a dia está estruturado, quer queira ou não, em ações que nos movem e faz a vida acontecer. Sucessos, fracassos? Depende de como foram realizadas as ações. Em tese, se bem planejadas, organizadas, controladas e adequadamente executadas o resultado será o sucesso. Do contrário, possivelmente fracassamos.

E no mundo dos negócios, por exemplo. Se não houver planejamento, organização, controle e gerenciamento é fracasso na certa! Nessa área é preciso muito controle. E para fazer um bom controle é preciso de informações, rápidas, precisas e suficientes, para se tomar as decisões acertadas e na hora certa.

As informações, por sua vez, são várias e variadas. No mundo dos negócios os números são os mais importantes. Imaginemos um pequeno comércio: um mercado, por exemplo. É certo que lá se encontram, ou deveria encontrar, cerca de mil itens. Arroz, feijão, óleo, temperos, massas, etc. e etc.

Basicamente, a mínima informação que o dono do mercado precisa saber, diariamente, é o estoque. Isso, ele pode obter de duas maneiras. A primeira, mais demorada e mais custosa, é fazer, diariamente, o inventário contando quantas unidades de cada produto existe no depósito e nas prateleiras. Vai demora um bom tempo (horas) pra fazer isso. A segunda maneira, menos demorada e menos cara, é manter um sistema de registros. Coisa simples mesmo! Num caderno ou em fichas criam-se os seguintes espaços identificados como: Produto, Data, Entrada, Saída e Saldo. Cinco informações (dados, no sentido amplo).

Cada produto tem sua ficha. Nela anotam-se as datas, as compras, as vendas e os saldos (compras menos as vendas). Assim, é possível conhecer, diariamente, qual o estoque de cada produto. Basta pegar a respectiva ficha e olhar o valor que está na coluna Saldo do dia. Pronto, não precisa contar; o número ali representa a quantidade que existe (ou que deveria existir) do produto.

Podemos concluir que a segunda maneira de se obter, diariamente, informações críticas ou não, é bem melhor. Entretanto, ainda é custosa em face da quantidade de itens comercializados. Já imaginou a trabalheira que será localizar determinada ficha entre mil delas?! Mesmo em ordem alfabética, não vai ser moleza não senhor!

Bem, que tal uma planilha eletrônica, dessas conhecidas e que existem em todos os computadores? Ótimo. Vai ficar muito mais fácil manter o controle e localizar o estoque de determinado produto. Entretanto, o dono do mercado vai ter que entender de planilha; saber como trabalhar como essa coisa chamada software. É, a coisa é boa mais requer conhecimento. Na verdade, trabalhar como planilha eletrônica é razoavelmente simples, porém um tanto quanto ‘perigosa’ a sua manipulação. Qualquer deslize - uma esbarrada do dedo numa tecla errada quando o cursor estiver sobre uma célula que contém um dado qualquer - poderá gerar informação errada, sem que se perceba.

Importante salientar o fato de que esses três dados (data, compra e venda) podem gerar diversas outras informações úteis para o gestor ou dono do negócio, tais como:

a) quais os produtos mais vendidos;
b) quais produtos saem (vendem) mais rápido;
c) quais produtos demoram pra sair (encalham);
d) em que período (semana ou dia da semana ou do mês) determinado produto é mais vendido;

Essas são algumas das informações, dentre outras, possíveis de serem geradas a partir de apenas esses três dados. Entretanto, utilizando uma planilha eletrônica, não será tarefa fácil. Que é possível é, porém será preciso uma planilha ‘avançada’! Então é aí ‘que o bicho pega!’ Dificilmente o dono do negócio será tão expert a ponto de saber criar uma planilha eletrônica ‘inteligente’ o bastante para, com apenas um clic, gerar tais informações. Para isso, é certo que será preciso contratar um especialista em planilha eletrônica.

Para alívio de todos nós, a notícia boa é que existem no mercado vários softwares especialistas em administração e controle de estoque. São tão bons que faltam mesmo é falar, aliás, nem isso, pois tem alguns que até falar eles falam, mandam e-mail, SMS, torpedo, etc. Assim, com um software desses é que podemos entender como os Hiper-supermercados conseguem manter aquelas prateleiras sempre abarrotadas de milhares de produtos de todos os tipos. É o milagre realizado pelo ‘São Computador’.

Bem, mas o que toda essa conversa tem a ver com Escrituração Zootécnica? Tudo, meu amigo! O controle de estoque nada mais é do que um processo de Escrituração. Pois é, o ato de registrar, de anotar as ocorrências, (fatos) é, efetivamente, uma escrituração. E o mais importante: a escrituração geralmente tem um objetivo. Exemplo:

a) escrituração contábil: tem por objetivo gerar informações econômico e financeiras para o dono e ou sócios da empresa, bem como para o fisco;
b) escrituração de compra e venda imóveis: tem por objetivo gerar informações e documentos de transações imobiliárias;

E a Escrituração Zootécnica, pra que serve? Bem, aparentemente, é fácil responder isso: Registrar, de maneira sistemática, os fatos (eventos, ocorrências) Zootécnicos. Mas, o que vem a ser ‘eventos zootécnicos’? É, parece que não é tão simples assim entender, direitinho, o que seja Escrituração Zootécnica. Sem estresse; Isso não uma parábola! O objetivo desse artigo é, exatamente, desmistificar a tal Escrituração Zootécnica, bem como demonstrar a sua importância em um empreendimento pecuário.

Um empreendimento pecuário, geralmente praticado em uma fazenda, é, essencialmente, um negócio. Daí, a relação da Escrituração Zootécnica com a conversa inicial deste artigo: o supermercado e o controle de estoque. Com negócio não se brinca. Negócio, pra dá certo, entre outras coisas, precisa de uma boa administração. E boa administração se faz com pessoas competentes, planejamento e controle.

No caso específico de um empreendimento pecuário o que, basicamente, precisa ser controlado? Um “um monte de coisa”, diria um amigo meu, especialista em controles. Desse tanto de coisas, vamos relacionar algumas:

a) Estoque:
1) Quantas cabeças existem na fazenda?
2) Dessas, quantas são machos e quantas são fêmeas?
3) Das fêmeas, quantas e quais são, por exemplo, bezerras, novilhas, nulíparas, primíparas ou pluríparas?
4) Quantas e quais estão vazias, prenhas, no terço final ou paridas; Mamando (ao pé) ou desmamadas?
5) Quantas e quais precisam ser descartadas?

b) Produção:
1) Quantos nasceram em determinado período (mês, semestre ou ano)?
2) Quantas arrobas ou kg foram produzidos por matriz ou por ha.?

c) Reprodução:
1) Qual reprodutor é mais produtivo (filhos e peso)?
2) Qual reprodutor é menos produtivo?
3) Quais e quantas matrizes são mais ou menos prolíferas?
4) Qual reprodutor cobre mais (por dia e por estação)?
5) Qual o Intervalo Entre Partos, médio e por matriz?

d) Avaliações:
1) Qual da Taxa de Cobertura?
2) Qual a Taxa de Prenhez?
3) Qual o índice de prolificidade?
4) Qual o índice de Mortalidade Infantil (até o desmame)?
5) Qual o índice de Mortalidade Juvenil (após desmame)?

e) Exceções:
1) Quantos morreram, sumiram, etc.?
2) Quais as causas das mortes?

f) Tratamentos:
1) Quais as doenças tratadas?
2) Quais animais foram os mais tratados?
3) Quais medicamentos foram usados?

g) Agenda:
1) Previsão de partos;
2) Previsão de terço final;
3) Previsão de desmame;
4) Estação de Monta;

Todas essas questões, e muitas outras, são respondidas pela Escrituração Zootécnica. Ressalte-se, entretanto, que essas informações são possíveis desde que o sistema de EZ tenha inteligência para tanto; isto é, foi estruturado e desenvolvido com minúcia e riqueza de detalhes, cuidando para que os principais dados sejam armazenados em seu banco. Também, precisa possuir rotinas ou mecanismos internos que executam processos que geram as informações de maneira rápidas e precisas. Tudo a um clique!

Felizmente, existem no mercado brasileiro softwares especialistas em Escrituração Zootécnica. Uns muitos bons, outros nem tanto. Um dos bons, disponível no mercado brasileiro, é o software Capataz®, desenvolvido pelo zootecnista Marco Aurélio Duarte, diretor técnico da Capataz Assessoria Rural.

“O Capataz®, é um software especialista em Escrituração Zootécnica para Bovino, Caprino, Ovino e Bubalino. É um software enxuto, voltado para a escrituração de eventos de interesse zootécnico e com foco na fêmea, por representar 99% das cabeças de um rebanho. Entretanto, não escapam do controle e das avaliações os reprodutores que servem o plantel.”, afirma o Zootecnista M. Aurélio.

Como em qualquer segmento, existem no mercado diversos softwares (na verdade não são tantos assim) para todos os gostos e preços. Alguns são completos, complexos e caros. Estes, geralmente, além do controle zootécnico propriamente dito, possuem outras funcionalidades, tais como o módulo financeiro. Têm aqueles com diversos outros recursos de pouca utilidade, diga-se de passagem, que tornam o sistema pesado e caro.

Por outro lado, existem aqueles baratinhos e que deixam a desejar. Não fazem o que prometem ou mesmo não prometem nada. É, na verdade, um ‘quebra galho’ e não propriamente um software de Escrituração Zootécnica.

“O valor da licença de uso do Capataz®, é intermediário: não é o mais caro e nem o mais barato do mercado. Seu preço é compatível ao que se propõe. Aliás, posso afirmar, sem medo de errar, que o preço da licença poderia ser até maior pelo que o Capataz®. O Capataz® vale cada centavo que é pago por ele. As informações geradas, não têm preço!”, sentencia Marco Aurélio.


sexta-feira, 6 de novembro de 2009

Caprino: Sêmen Congelado

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Uso de testes complementares para avaliação do congelamento do sêmen de bodes submetidos ao manejo de fotoperíodo artificial.

O congelamento do sêmen de bodes das raças Alpina e Saanen submetidos ao manejo de fotoperíodo artificial foi avaliado por meio dos testes de termorresistência (TTR), hiposmótico (HOST) e de integridade do acrossoma. Foram utilizados oito machos caprinos (quatro da raça Alpina e quatro da raça Saanen) de duas idades diferentes (jovens e adultos). A qualidade do sêmen durante as etapas do congelamento foi superior em bodes jovens de ambas as raças. Avaliada pelo TTR, a motilidade do sêmen fresco apresentou longevidade pós-descongelamento. Os resultados de motilidade espermática, obtidos imediatamente após o descongelamento, tiveram reflexos positivos sobre o TTR, indicando que os sêmens que apresentaram maior motilidade pós-coleta (86,2% vs 79,3%) e pós-descongelamento (37,7% vs 32,0%) tiveram maior longevidade seminal. Os resultados do HOST, tanto para o sêmen fresco quanto para o congelado, não diferiram entre raças e idades. Houve redução na porcentagem de espermatozóides íntegros após o congelamento e descongelamento do sêmen dos animais da raça Alpina e dos adultos Saanen. Houve redução superior a 14% nos valores do HOST para o sêmen congelado em relação aos valores observados para o sêmen fresco (38,0 vs 52,0%, respectivamente). A motilidade espermática progressiva mostrou maior sensibilidade à criopreservação que a integridade da membrana espermática, indicando que a motilidade espermática é mais afetada pelo processo de congelamento que a membrana plasmática. A integridade do acrossoma não foi influenciada pelo descongelamento. Os índices de danos acrossomais (edema, desprendimento parcial e até perda total de acrossoma) mostraram-se dentro do padrão aceitável (44,5%), tanto no pós-descongelamento como após o término do TTR.

Autor: SANTOS, Anselmo Domingos Ferreira et al.
Fonte: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_abstract&pid=S1516-35982006000700008&lng=en&nrm=iso&tlng=pt

Ref.: http://www.ecapataz.com.br/