terça-feira, 27 de outubro de 2009

Cão Pastor

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Border Collie é uma raça de cães desenvolvida na Grã-Bretanha. Descende de antigos cães pastores de renas, que foram trazidos para a Escócia durante as invasões vikings.

Tamanho entre 40 e 52 cm, peso de 13 a 27 kg (machos) ou a 25 kg (fêmeas). Todas as cores são admitidas sendo o branco e preto o mais abundante. Existem duas variedades de pelagem: Pêlo longo (ou grosseiro), com cerca de 8 cm de comprimento, e pêlo curto (ou liso) com 2,5 cm de comprimento. Por ser um cão muito ativo, não deve ser criado em apartamentos. Por dia gasta em media só de 300 a 550g de ração dia. Tem algumas variedades de cor, como: Preto, Azul (e Diluição), Vermelho, Chocolate, Tricolor, Merle, Sable, Saddle.

Deve ser criado em espaços amplos e necessita de constantes exercícios. No Ranking de inteligência elaborado por Stanley Coren, o Border Collie é cotado como o cão mais inteligente do mundo. A convivência com outros cães e crianças costuma ser tranquila.

É muito usado na prática de agility, Frisbee,de obediência e excelente pastor de ovelhas. É resistente, ágil e considerado um cão incansável. Por seu alto gasto de energia, não deve ser mantido confinado em espaços pequenos e, quando na cidade, deve ser levado para passear e correr regularmente. Deve-se salientar que este cão não se cansa facilmente, já que foi aprimorado geneticamente durante séculos para ser um cão de pastoreio, isso significa que ele precisa no mínimo um par de horas, ou mais, de atividade diária para ser um cão equilibrado e feliz. Também é muito usado como cão de companhia, mas devem ser feitas com ele atividades diárias nem que seja uma volta para passear.

Os border collies, costumam ter uma doença chamada CEA ( Collie Eye Anormaly ).
Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Border_Collie

Ovinos - Origem

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A ovelha (Ovis aries) que pode ser chamado no masculino por carneiro e quando pequeno como cordeiro, anho ou borrego, é um mamífero ruminante bovídeo da sub-família Caprinae, que também inclui a cabra.

É um animal de enorme importância econômica como fonte de carne, leite, lã e couro. Criado em todos os continentes, a ovelha foi domesticada na Idade do Bronze a partir do muflão (Ovis orientalis), que vive atualmente nas montanhas da Turquia e Iraque.

As ovelhas são, quase sempre, criadas em rebanhos. O manejo é bastante trabalhoso, seja pelo fato de se tratar de um rebanho grande, ou por serem animais sensíveis. Além do frio, os criadores devem atentar para raposas e outros predadores, que cercam as fêmeas e roubam-lhes os filhotes.

Basicamente, a ovelha (fêmea ovina) é um animal dócil, e sem nenhum mecanismo natural de defesa; o que deve ter influenciado para, na cultura popular, estar associada à ideia de inocência. No caso do carneiro (macho ovino) é necessária alguma precaução com alguns animais mais agressivos, pois estes podem usar as astes de forma perigosa.

A criação de ovelhas (ovinocultura) é uma atividade que tem ocupado fazendeiros desde os tempos mais remotos, sendo citado, inclusive, em livros religiosos (bíblias). No Século XXI as ovelhas ainda constituem importância vital na economia de vários países. Os maiores produtores de ovelhas (per capita), estão no hemisfério sul, excetuando a China, e incluem Nova Zelândia, Austrália, Argentina, Uruguai e Chile.

No Reino Unido a importância do comércio de lã era tão grande que na câmara superior do parlamento (a Casa dos Lordes) o Lorde Chanceler senta-se numa almofada conhecida como saco de lã (woolsack).

A sua carne é consumida no mundo inteiro. Seu leite é usado para produzir diversos tipos de queijo, entre os mais conhecidos estão o roquefort. Em alguns lugares do mundo, como a Sardenha, a ovinocultura tornou-se a principal atividade econômica.

As ovelhas domésticas são descendentes do muflão, que é encontrado nas montanhas da Turquia ao Irã meridional. Evidências da domesticação datam de 9000 a.C. no Iraque. O muflão foi considerado um dos dois ancestrais da ovelha doméstica, após análises de DNA. Embora o segundo ancestral não foi identificado, pois o urial e o argali foram desconsiderados. O urial (O. vignei) é encontrado do nordeste do Irã ao noroeste da Índia, ele possui um número maior de cromossomos (58) que a ovelha doméstica(54) sendo assim um improvável ancestral da ovelha, mas ele cruza-se com o muflão. A ovelha argali (Ovis ammon) da Ásia interior (Tibete, Himalaia, Montes Altai, Tien-Shan e Pamir) tem 56 cromossomos e a ovelha-das-neves-siberiana Ovis nivicola tem 52 cromossomos.

Evidências das primeiras domesticações são encontradas em PPNB Jericho e Zawi Chemi Shanidar. As ovelhas de lã enrolada são encontradas somente desde a Idade do Bronze. Raças primitivas, como a Scottish Soay tinham que ser arrancados (um processo chamado rooing), em vez de cortados, porque os pêlos eram ainda mais longos do que a lã macia, ou a lã devia ser coletada do campo depois que caía.

O muflão-europeu (Ovis musimon) encontrado na Córsega e na Sardenha assim como em Creta e a extinta ovelha-selvagem-do-Chipre são possíveis descendentes das primeiras ovelhas domésticas que se tornaram selvagens.

Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Ovelha

segunda-feira, 26 de outubro de 2009

Ovinos - Pastos e Pastagens

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Alimentação de ovinos: atualidades na produção ovina em pastagens.

O ovino sempre teve a sua imagem ligada à produção de lã, todavia essa associação vem sofrendo uma mudança acentuada, seja em função dos baixos preços alcançados pela lã, tanto no mercado interno como externo, seja pelo crescente aumento na demanda da carne ovina, mais especificamente pela carne de cordeiro. Face a isso os criadores tem procurado direcionar a criação neste sentido. Apesar de ainda não estar definitivamente estabelecido, nem adequadamente dimensionado, o mercado de carne ovina vem apresentando crescimento inconteste, o que se reflete nos preços relativamente altos observados a nível de mercado consumidor. Essa maior demanda, todavia, é específica para carcaças de boa qualidade, ou seja, carcaças com peso médio de 12 a 13 kg, provenientes de animais novos, com no máximo 120 dias de idade. Até essa idade os animais mostram alta velocidade de crescimento e mayor eficiencia no aproveitamento de alimentos menos fibrosos que animais mais velhos, apresentando um nível adequado de gordura corporal, suficiente para propiciar uma leve cobertura da carcaça, protegendo-a contra a perda excesiva de umidade durante o processo de resfriamento e um mínimo de gordura intra-muscular, a qual garante o paladar característico da carne ovina e, aliado a pouca maturidade dos feixes musculares do animal jovem, garante um bom nível de maciez.

Autor: Mauro Sartori Bueno
Fonte: br.monografias.com

sábado, 24 de outubro de 2009

Alimentação - Stylosanthes

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Consumo e digestibilidades aparentes total e parciais do feno de Stylosanthes guianensis.

Utilizaram-se sete carneiros, sem raça definida, fistulados no rúmen e duodeno, para avaliar o consumo e as digestibilidades aparentes totais e parciais de matéria seca (MS), matéria orgânica (MO), proteína bruta (PB), extrato etéreo (EE), fibra em detergente neutro (FDN), fibra em detergente ácido (FDA), celulose (CEL) e hemicelulose (HCEL) do feno de Stylosanthes guianensis. Os animais receberam apenas feno de S. guianensis mais sal mineral como componentes da dieta. O fornecimento do feno foi ad libitum, sendo a quantidade calculada para permitir sobras de 20%. Utilizou-se óxido crômico como indicador para estimar a produção de fezes e o fluxo de digesta no duodeno. Os consumos de MS e MO do S. guianensis foram 67,71 e 64,70 g/kg0,75, respectivamente. As digestibilidades aparentes totais da MS, MO, PB, FDN e FDA foram 49,2, 51,3, 61,2, 42,0 e 42,7%, respectivamente. As digestibilidades aparentes ruminais da MS, MO, FDN e FDA foram 75,8, 84,7, 89,6 e 90,6%, respectivamente, em função do total digerido. A digestibilidade ruminal da PB foi 21,3%. Concluiu-se que o feno de S. guianensis, colhido em estádio de maturidade avançada, pode ser indicado para ruminantes, pois seu consumo é capaz de atender às necessidades energéticas de mantença já que seus valores, apesar de sua digestibilidade não ser elevada, são ligeiramente maiores do que os de outras forrageiras tropicais.

Autor: LADEIRA, M.M. et al
Fonte:http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_abstract&pid=S0102-09352001000200018&lng=en&nrm=iso&tlng=pt

Ref.: http://www.ecapataz.com.br/

Inseminação - Sincronização

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Sincronização do estro, indução da ovulação e fertilidade de ovelhas deslanadas após tratamento hormonal com gonadotrofina coriônica eqüina.

Utilizou-se a sincronização do estro com esponjas vaginais de 30mg de acetato de fluorogestona durante 12 dias para avaliar o efeito de diferentes doses de eCG sobre o desempenho reprodutivo de ovelhas. Na retirada das esponjas as ovelhas foram divididas em três grupos para receberem 0 (n=26), 200 (n=30) ou 400UI (n=30) de eCG. O estro foi detectado a cada 12h utilizando-se um rufião. As fêmeas foram inseminadas por laparoscopia 60h após a retirada das esponjas. Realizaram-se colheitas de sangue aos 5 e 18 dias pós-inseminação para dosagem de progesterona e determinação do número de ovulações e prenhezes, respectivamente. A fertilidade foi verificada por ecografia aos 60 dias e ao parto. Das 86 ovelhas 70,9% apresentaram estro. Essa porcentagem foi maior (P<0,05) nas fêmeas tratadas com eCG: 96,7% (400UI) e 76,7% (200UI) versus 34,6% (0 UI). O intervalo entre o final do tratamento e o início do estro foi maior (P<0,05) no grupo sem eCG, 54,7±6,3h versus 45,9±7,8h para 200UI e 40,4±10,3h para 400UI. Verificou-se menor (P<0,05) número de ovulações e prenhezes no grupo sem eCG. A não aplicação de eCG influiu negativamente no desempenho reprodutivo de ovelhas deslanadas.

Autor: DIAS, F.E.F. et al.
Fonte:http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_abstract&pid=S0102-09352001000500018&lng=en&nrm=iso&tlng=pt

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Alimentação - Caroço de algodão

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Efeito da inclusão do caroço de algodão sobre o consumo, digestibilidade e balanço da energia em dietas para ovinos.

Vinte e cinco carneiros castrados, em delineamento inteiramente ao acaso, foram utilizados para avaliar o efeito de níveis crescentes de inclusão (0, 12, 24, 35 e 45%) de caroço de algodão integral (Gossypium hirsutum) à dieta básica de feno de "Tifton 85" (Cynodon spp.) sobre a digestibilidade aparente da energia bruta, sobre os consumos de energia digestível e metabolizável por unidade de tamanho metabólico, e sobre o balanço energético. O consumo de energia digestível aumentou até o nível de 24% de inclusão de caroço de algodão integral (192,58 Kcal/kg0,75/dia). O balanço energético foi positivo para todas as dietas em virtude do atendimento aos requisitos energéticos de mantença. Os animais que receberam 24% de inclusão do caroço de algodão integral à dieta tiveram maior consumo de energia e melhores digestibilidade e balanço energético.

Autor: ROGERIO, M.C.P. et al.
Fonte:http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_abstract&pid=S0102-09352002000500005&lng=en&nrm=iso&tlng=pt

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Aditivos - Alho em pó

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Influência da suplementação com alho (Allium sativum) em pó na flora ruminal e no ganho de peso de cordeiros confinados.

Na alimentação animal o alho tem sido utilizado como palatabilizante de rações e estimulante do crescimento de suínos, aves, eqüinos e ovinos(Bianchin et al., 2000). Em bovinos, o alho tem sido utilizado no controle de endo e ectoparasitos, como a mosca-do-chifre (Haematobia irritans), carrapato (Boophilus microplus), e berne (Dermatobia hominis) (Bernades, 1997). O efeito do alho é repelente e se dá após a ingestão, pois o produto é metabolizado pelo animal, liberando odor característico pelo suor. Esse odor também é eliminado nas fezes, inibindo a reprodução das moscas (Sarto, 1997). Esse autor revelou que se adicionando o alho em pó em pequena proporção (1%) ao sal mineral ou ração (consumo de 0,7-1,4g alho/dia), pode-se diminuir em até 90% a infestação pela mosca-do-chifre.

Autor: NORO, M.; WOSIACKI, S.R.; LEANDRO, M.A.; CECIM, M..
Fonte:http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-09352003000500022&lng=en&nrm=iso

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Santa Inês - Herdabilidade

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Avaliação genética de características de crescimento de ovinos Santa Inês utilizando modelos de regressão aleatória.

Foram utilizados registros de pesos do nascimento aos 196 dias de idade de 927 cordeiros da raça Santa Inês, controlados de 1983 a 2000, com os objetivos de estimar parâmetros genéticos e predizer valores genéticos dos animais por meio de modelos de regressão aleatória e compará-los aos obtidos por meio de modelos bicaracterísticas. Os modelos de regressão aleatória foram ajustados por intermédio de polinômios de Legendre. As estimativas de herdabilidade do efeito genético direto aumentaram do nascimento aos 196 dias de idade. As herdabilidades para o efeito materno aumentaram do nascimento aos 56 dias, decrescendo em seguida com a idade. As herdabilidades para o efeito direto obtidas pelas análises bicaracterísticas e regressão aleatória apresentaram tendência oposta. As estimativas obtidas pelas análises bicaracterísticas decresceram do nascimento aos 196 dias de idade, e as obtidas pelos modelos de regressão aleatória aumentaram. As herdabilidades para efeito materno estimadas pelos modelos de regressão aleatória e bicaracterísticas apresentaram o mesmo comportamento, porém em diferentes magnitudes. A correlação de ordem entre os valores genéticos preditos pelos dois modelos foi baixa. As estimativas de herdabilidade e correlações genéticas obtidas pelo modelo de regressão aleatória foram mais coerentes quando comparadas àquelas obtidas pelo modelo bicaracterística.

Autor: SARMENTO, J.L.R. et al.
Fonte:http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_abstract&pid=S0102-09352006000100011&lng=en&nrm=iso&tlng=pt

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Santa Inês - Desenvolvimento

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Efeito da restrição pré e pós-natal sobre o crescimento dos depósitos de gordura de cordeiros Santa Inês.

Avaliaram-se os efeitos da restrição pré e pós-natal sobre o tamanho e o crescimento dos depósitos de gordura de cordeiros Santa Inês. Foram utilizados 68 cordeiros, distribuídos em três tratamentos: com restrição pré-natal (RPRE), com restrição pós-natal (RPOS) e sem restrição (controle). Dentro de cada tratamento, os animais foram aleatoriamente sorteados para serem abatidos após o nascimento e com 10, 15, 25, 35 e 45kg de peso vivo. Os depósitos de gordura (omental, mesentérica, perirenal, pélvica e inguinal) foram registrados. Ao nascimento, os depósitos de gordura foram menores nos animais do tratamento RPRE. Entre 15 a 35kg de peso, a quantidade de gordura foi igual nos animais dos três tratamentos e, a partir desse peso (35kg), com exceção da gordura pélvica, os depósitos no animais do tratamento RPRE foram significativamente maiores. A restrição pré-natal elevou consideravelmente as taxas de ganho da gordura omental, mesentérica, perirenal e pélvica, enquanto a restrição pós-natal influenciou somente a taxa de ganho da gordura inguinal. Cordeiros de todos os grupos apresentaram taxas de desenvolvimento tardias (b>1).

Autor: GERASEEV, L.C. et al
Fonte:http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_abstract&pid=S0102-09352007000300033&lng=en&nrm=iso&tlng=pt

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Santa Inês - Cana-de-açúcar

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Desempenho, parâmetros da carcaça e comportamento ingestivo de cordeiros alimentados com cana-de-açúcar ensilada ou in natura.

Trinta cordeiros da raça Santa Inês, 26,2±0,6kg e 151±1,7 dias de idade, foram confinados para avaliar os efeitos da utilização de silagens de cana-de-açúcar sobre o desempenho, as características da carcaça e o comportamento ingestivo. As rações experimentais foram compostas de 50% de volumoso e 50% de concentrado, diferindo quanto ao tipo do volumoso utilizado: cana-de-açúcar in natura, silagem de cana-de-açúcar sem aditivo e silagem de cana-de-açúcar aditivada com Lactobacillus buchneri (5x104 UFC/g de MV). Não houve diferença (P>0,05) para o consumo de MS, ganho de peso vivo, conversão alimentar e parâmetros de carcaça entre os tratamentos. O tempo de ingestão (min/g FDN) e a eficiência de ruminação (g MS/h) foram menores (P<0,05) para os tratamentos contendo silagem de cana-de-açúcar. Silagens de cana-de-açúcar não alteraram o desempenho e as características da carcaça dos cordeiros em relação à cana de açúcar in natura. A utilização do aditivo microbiano contendo o L. buchneri na ensilagem da cana-de-açúcar não alterou as variáveis avaliadas.

Autor: MENDES, C.Q. et al.
Fonte:http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_abstract&pid=S0102-09352008000300031&lng=en&nrm=iso&tlng=pt

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Santa Inês - Mastite

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Avaliação de uma metodologia profilática contra a mastite clínica em ovelhas da raça Santa Inês

A mastite clínica nas ovelhas Santa Inês é um problema sanitário importante no nordeste brasileiro (Oliveira, 2006). O decréscimo na produção advém de alterações patológicas do tecido glandular do úbere, mas encontram-se também presentes alterações físicas, químicas e microbiológicas do leite. Entretanto, nem sempre as modificações causadas pela mastite ovina podem ser detectadas clinicamente por inspeção ou palpação e a sua evolução pode ocorrer tanto de forma aguda quanto crônica (Calavas et al., l998). O problema afeta diretamente o desenvolvimento dos cordeiros, gerando animais com baixo peso e provocando o descarte precoce das matrizes por danos irreversíveis ao úbere (Fthenakis e Jones, 1990).

Autor: MELO, C.B. et al.
Fonte:http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-09352008000400033&lng=en&nrm=iso&tlng=pt

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Santa Inês - Testículo

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Evolução do peso testicular de cordeiros da raça Santa Inês alimentados com diferentes níveis de energia.

Avaliou-se a evolução do peso testicular de cordeiros Santa Inês, alimentados com diferentes níveis de energia. Foram utilizados 64 cordeiros, distribuídos em quatro tratamentos: A - 8,7%; B - 17,3%; C - 26,0% e D - 34,7% de fibra em detergente neutro (FDN), proveniente da forragem na dieta, determinando a variação no consumo de energia metabolizável. Quatro animais de cada tratamento foram abatidos nas idades pré-determinadas de 43, 83, 123 e 173 dias de idade. Os testículos foram separados dos respectivos epidídimos e pesados separadamente. Os animais que receberam as dietas A e B foram os que apresentaram maior consumo de energia metabolizável (14,11Mcal/PV0,75), os mais pesados (18,89kg e 17,09kg, respectivamente) e os de maiores pesos dos testiculos (62,54g e 27,16g, respectivamente), indicando que o desenvolvimento testicular é altamente dependente do desenvolvimento corporal e da quantidade de energia metabolizável consumida. A predição do peso dos testículos por meio da circunferência escrotal mostrou ser mais eficiente do que por meio da idade e do peso vivo dos animais.

Autor: ASSIS, R.M. et al.
Fonte:http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_abstract&pid=S0102-09352008000500026&lng=en&nrm=iso&tlng=pt

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Confinamento - Cerveja

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Efeito de diferentes proporções de resíduo úmido de cervejaria sobre as características da carcaça de cordeiros terminados em confinamento.

Avaliou-se o efeito do uso de diferentes proporções de resíduo úmido de cervejaria sobre as características da carcaça de cordeiros terminados em sistema de confinamento. Foram utilizados 25 cordeiros, machos, não-castrados, da raça Texel, distribuídos aleatoriamente em cinco tratamentos compostos por proporções de 0%, 25%, 50%, 75% e 100% de substituição do alimento concentrado por resíduo úmido de cervejaria. Utilizou-se uma dieta composta de feno de Tifton-85 e mistura concentrada em uma relação volumoso:concentrado de 40:60, com base na matéria seca (MS). O alimento concentrado foi constituído por milho desintegrado, farelo de soja, mistura mineral e resíduo úmido de cervejaria, sendo que suas proporções variaram de acordo com os tratamentos. Peso da carcaça quente, peso da carcaça fria, rendimento da carcaça quente, rendimento da carcaça fria, espessura da gordura subcutânea, pesos de quarto, paleta, costilhar e pescoço, bem como o comprimento de carcaça, a largura da perna e a profundidade da perna, diminuíram linearmente com o aumento da proporção de substituição do alimento concentrado por resíduo úmido de cervejaria.

Autor: BROCHIER, M.A.; CARVALHO, S..
Fonte:http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_abstract&pid=S0102-09352009000100027&lng=en&nrm=iso&tlng=pt

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Embriões - Coleta

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Coleta transcervical de embriões em ovinos da raça Dorper no semiárido do nordeste brasileiro.

Estudou-se o efeito da aplicação de misoprostol intravaginal, na dilatação cervical de ovelhas Dorper, com o objetivo de se viabilizar a coleta transcervical de embriões. Para isso, 68 fêmeas foram sincronizadas com dispositivo intravaginal de progesterona, superovuladas com FSHp, inseminadas por laparoscopia com sêmen fresco, 36 horas após a remoção do dispositivo intravaginal, e submetidas à coleta transcervical de embriões. Os animais foram distribuídos em dois tratamentos: tratamento 1 (n=10), controle, sem aplicação de misoprostol intravaginal antes da coleta de embriões, e tratamento 2 (n=58), com aplicação prévia de 200µ g de misoprostol no fundo do saco vaginal, cinco horas antes da coleta dos embriões. Não foi possível realizar a transposição cervical em nenhum dos animais do tratamento 1, o que inviabilizou as coletas dos embriões, diferentemente do tratamento 2, em que foi possível a transposição cervical em 94,8% dos animais (P<0,05).>

Confinamento

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Desempenho produtivo de ovinos em confinamento alimentados com diferentes dietas.

Avaliaram-se o desempenho produtivo e a viabilidade econômica da utilização de diferentes dietas na terminação de ovinos. Foram utilizados 20 ovinos machos inteiros com sete meses de idade e peso vivo inicial de 25kg. O experimento teve duração de 60 dias, sendo que os animais tiveram sete dias de adaptação às dietas e 53 para o período de pesagens, coletas das sobras e dietas oferecidas. Utilizou-se o delineamento inteiramente ao acaso com quatro tratamentos e cinco repetições: milho + soja + feno de Tifton 85 (DR); milho + soja + caju + feno de Tifton 850 (DC); milho + soja + maracujá + feno de Tifton 85 (DM); milho desintegrado com palha e sabugo (MDPS) + feno de leucena + feno de Tifton 85 (DL). Observou-se efeito do tratamento (P<0,05) sobre consumo de matéria seca (CMS), consumo de proteína bruta (CPB) e consumo de fibra em detergente neutro (CFDN). Os ganhos médios diários de peso, em gramas, foram 171,60, 218,80, 217,20, 187,00 para os tratamentos DR, DC, DM e DL, respectivamente. Registrou-se menor CMS, CPB e CFDN para o tratamento DL. Não foi observada influência das dietas sobre o rendimento de carcaça quente e fria. A análise econômica revelou valores de benefício líquido de R$-20,40; R$44,77; R$31,41; 39,10 e taxa de retorno de -12,4%; 31,8%; 20,6%; 32,8% para os tratamentos DR, DC, DM e DL, respectivamente.

Autor: PARENTE, H.N. et al
Fonte:http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_abstract&pid=S0102-09352009000200025&lng=en&nrm=iso&tlng=pt

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Santa Inês - Uréia

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Níveis de ureia em dietas contendo co-produto de vitivinícolas e palma forrageira para ovinos Santa Inês.

Avaliou-se o efeito da inclusão de níveis crescentes de ureia sobre o consumo e a digestibilidade aparente dos nutrientes de dietas contendo coproduto de vitivinícolas desidratado (CVD) e palma forrageira in natura. Foram utilizados 16 ovinos da raça Santa Inês machos, não castrados, com peso médio de 37kg e média de idade de 11 meses. As dietas continham 60% de CVD e 40% de palma forrageira, e níveis crescentes de ureia, 0, 1, 2 e 3%, na matéria seca (MS). O delineamento experimental foi o inteiramente ao acaso, e o experimento foi desenvolvido em dois períodos, com 15 dias de adaptação e cinco dias de coleta cada. Os consumos da MS, fibra em detergente neutro (FDN), carboidratos não fibrosos (CNF) e nutrientes digestíveis totais (NDT) apresentaram comportamento quadrático com valores máximos de 2,04; 0,66; 0,74; 1,50kg/dia, respectivamente. No consumo de proteína bruta (PB), a cada acréscimo de uma unidade percentual de ureia ocorreu aumento de 20 gramas no consumo de PB. Os coeficientes de digestibilidade da MS, PB, FDN e CNF apresentaram comportamento quadrático com valores máximos de 62,5; 85,0; 81,0; e 97,8%, respectivamente. A inclusão de ureia até 2% nas dietas contendo coproduto de vitivinícolas desidratado e palma forrageira in natura possibilitou incrementos no consumo e no coeficiente de digestibilidade dos nutrientes.

Autor: MENEZES, D.R. et al.
Fonte:http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_abstract&pid=S0102-09352009000300020&lng=en&nrm=iso&tlng=pt

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Santa Inês - Terminação

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Desempenho e características da carcaça de cordeiros confinados alimentados com grãos de soja.

O objetivo deste trabalho foi avaliar a influência de grãos de soja (GS) no desempenho, características e rendimento de cortes de carcaça de cordeiros confinados. Sessenta e quatro cordeiros Santa Inês, com peso vivo inicial de 19,5±0,19 kg e 75±2 dias de idade, foram distribuídos em blocos ao acaso de acordo com o peso vivo e a idade no início do experimento. Os GS participaram com 0, 7, 14 e 21% na matéria seca (MS) das rações isonitrogenadas experimentais. O consumo de MS (1,1, 1,0, 0,9 e 0,9 kg por dia), proteína bruta (199,2, 181,5, 179,0 e 175,2 g por dia) e o ganho de peso vivo (298, 275, 280 e 255 g por dia) diminuíram linearmente, e o consumo de extrato etéreo (43,8, 49,7, 57,2 e 66,0 g por dia) aumentou linearmente com o aumento da participação de GS nas rações. Não houve efeito na conversão alimentar, características e rendimento de cortes da carcaça. A inclusão de GS na ração com alto teor de concentrado proporciona desempenho satisfatório aos cordeiros em confinamento.

Autor: URANO, Fumi Shibata et al.
Fonte:http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_abstract&pid=S0100-204X2006001000010&lng=en&nrm=iso&tlng=pt

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sexta-feira, 23 de outubro de 2009

Inseminação - Sêmen congelado

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Parâmetros utilizados na avaliação do sêmen congelado ovino para inseminação laparoscópica.

Com a finalidade de verificar o valor de alguns atributos para avaliação da qualidade do sêmen congelado, através da prenhez, duzentas e noventa e sete ovelhas da raça Corriedale foram inseminadas, intra-uterinamente, por laparoscopia. Utilizou-se cio sincronizado, com pessários vaginais contendo 50 mg de MAP (acetato de medroxiprogesterona), por 12 dias, e 400 UI de eCG (Equine chorionic gonadotrophin) no 12º dia. O sêmen, proveniente de 32 carneiros, foi congelado em pellets. Para a inseminação, utilizaram-se amostras de sêmen com diferentes padrões de qualidade preestabelecida, de motilidade progressiva (MP) ao descongelamento, média da MP durante todo o período de incubação (0, 1, 2, 3, 4 e 5 horas), a 37ºC, MP após cinco horas de incubação e percentagem de células, morfologicamente, íntegras. O diagnóstico de gestação foi realizado por ecografia 40 dias após a inseminação. Obtiveram-se percentuais de prenhez entre 60 e 80% somente quando as amostras apresentaram um movimento progressivo superior a 40% (68,0%), uma MP média e após 5 horas de incubação mínima de 20% (64,4 e 72,3%) e uma MP às 5 horas de incubação quando superior a 10% (61,1 e 78,5%). Com relação ao percentual de células íntegras, as amostras com um mínimo de 40% proporcionaram prenhez de 61,7 e 66,4%, enquanto nas com menos de 40% o percentual foi de apenas 15,2%. Os parâmetros estudados demonstraram eficiência para estimar a capacidade fecundante do sêmen congelado para utilização em inseminação laparoscópica.

Autor: LUZ, Sérgio Luís Nadal da; NEVES, Jairo Pereira; GONCALVES, Paulo Bayard Dias.
Fonte:http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_abstract&pid=S1413-95962000000200010&lng=en&nrm=iso&tlng=pt

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Terminação - Feno de cunhã

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Feno de cunhã (Clitoria ternatea L.) para acabamento de cordeiros.

Foram utilizados 32 cordeiros, mestiços, durante setenta dias em estudo na Embrapa Caprinos, em Sobral, CE, para determinar a influência do nível de concentrado em dietas para acabamento de cordeiros em confinamento. Os tratamentos foram as seguintes relações forragem:concentrado: 100%:0% (T1), 85%:15% (T2), 70%:30% (T3) e 55%:45% (T4). A forragem fornecida era feno de cunhã e o concentrado era composto de 75% de milho e 25% de farelo de soja. O ajuste das proporções foi feito diariamente, com base no consumo de volumoso, servido ad libitum. Com o aumento do nível de concentrado na dieta dos animais, observou-se incrementos lineares (P<0,01)>0,05) quanto aos tratamentos. Conclui-se que todas as rações testadas podem ser utilizadas para terminação de cordeiros, em confinamento.

Autor: BARROS, Nelson Nogueira; ROSSETTI, Adroaldo Guimarães; CARVALHO, Rubênio Borges de.
Fonte:http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_abstract&pid=S0103-84782004000200025&lng=en&nrm=iso&tlng=pt

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Uréia - Cama de frango

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Análise econômica de confinamento de ovinos: o uso da uréia em substituição à cama de frango e a dietas a base de milho e soja.

Com esta pesquisa, objetivou-se estudar a viabilidade técnico-econômica da utilização da uréia comparando-se a ração-padrão e aquela contendo cama de frango, como suplemento ao feno de capim-elefante, para alimentação de ovinos da raça Santa Inês em confinamento. Para isso, ajustou-se uma função de produção a dados experimentais e determinou-se a máxima receita líquida (RL), o tempo ótimo de abate e o máximo período em que os animais podem ser confinados quando a RL será zero. Foram utilizados 40 ovinos, sendo 20 machos e 20 fêmeas confinados por 70 dias. O delineamento foi em blocos ao acaso, com cinco tratamentos e quatro repetições. Os tratamentos utilizados foram: I = 50% de feno + 50% de ração-padrão; II = 60% de feno + 40% de ração com cama de frango; III = 40% feno + 60% de ração com cama de frango; IV = 60% de feno + 40% de ração com uréia; e V = 40% de feno + 60% de ração com uréia. As dietas foram isoprotéicas e fornecidas ad libitum. A variável dependente usada nos ajustamentos foi o ganho de peso em confinamento (Y), e como variáveis explanatórias, período de tempo de 14 dias (T) e dummy, sexo dos animais (D). O modelo que melhor se ajustou às evidências obtidas na pesquisa foi o quadrático. A cama de frango nos níveis testados e a uréia no menor nível não devem ser usadas para o confinamento de ovinos da raça Santa Inês. O uso de 60% de ração com uréia diminui os custos da alimentação e proporciona maior ganho de peso, podendo substituir com vantagem econômica a cama de frango. A idade ótima de abate é de 65 dias.

Autor: VIDAL, Maria de Fatima; SILVA, Luiz Artur Clemente da; SOUSA NETO, José de; NEIVA, José Neuman Miranda.
Fonte:http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_abstract&pid=S0103-84782004000200024&lng=en&nrm=iso&tlng=pt

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Aragonesa

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Influência da raça, sexo e peso/idade sobre o rendimento da carcaça em cordeiros.

O estudo objetivou quantificar e comparar o rendimento da carcaça em cordeiros machos e fêmeas, abatidos com 63-73 dias de idade (peso de carcaça fria entre 6,5 kg e 7,9 kg) e 80-90 dias de idade (peso de carcaça fria entre 8,0 kg e 9,5 kg), procedentes das raças Rasa Aragonesa, Ojinegra de Teruel e Roya Bilbilitana. Não foi verificada diferença de rendimentos de carcaça entre as raças; por outro lado, as fêmeas apresentaram rendimentos superiores aos machos; assim como os cordeiros de maior idade/peso de carcaça apresentaram rendimentos superiores aos de menor idade/peso de carcaça. As raças que participam da denominação específica de qualidade "Ternasco de Aragón" (Rasa Aragonesa, Ojinegra de Teruel e Roya Bilbilitana) apresentam rendimentos de carcaça semelhantes. Entretanto, o sexo e a idade/peso de carcaça são fatores de variação do rendimento de carcaça que devem ser considerados para uma uniformização e comercialização de um produto de qualidade.

Autor: OSORIO, Maria Teresa Moreira; SIERRA, Isidro; SANUDO, Carlos; OSORIO, José Carlos.
Fonte:http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_abstract&pid=S0103-84781999000100025&lng=en&nrm=iso&tlng=pt

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Somalis

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Influência do grupo genético e da alimentação sobre o desempenho de cordeiros em confinamento.

O objetivo deste trabalho foi estabelecer a influência do reprodutor e da alimentação sobre o desempenho de cordeiros em confinamento. O delineamento experimental foi o inteiramente casualizado, com arranjo fatorial 2x4, constituído de dois grupos genéticos (Santa Inês x sem raça definida (SRD) e Somalis x SRD) e concentrado de milho em gão, farelo de soja e sal mineral a 15%, 30%, 45% e 60%. Trinta e dois animais foram confinados em baias individuais e cada um constituiu uma repetição. As dietas eram compostas de feno de leucena (Leucaena leucocephala) e concentrado, na forma de ração completa. O aumento de concentrado na dieta dos animais causou incrementos lineares (P<0,05)>0,05) entre os concentrados, porém o grupo genético Somalis x SRD mostrou-se superior (P<0,05) ao Santa Inês x SRD.

Autor: BARROS, Nelson Nogueira; VASCONCELOS, Vânia Rodrigues de; ARAUJO, Marcelo Renato Alves de; MARTINS, Espedito Cezário.
Fonte:http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_abstract&pid=S0100-204X2003000900013&lng=en&nrm=iso&tlng=pt

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Dorper x Santa Inês (F1)

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Eficiência bioeconômica de cordeiros F1 Dorper x Santa Inês para produção de carne.

O objetivo deste trabalho foi avaliar a eficiência bioeconômica de cordeiros F1 Dorper x Santa Inês para produção de carne. Analisou-se o desempenho de ovinos ½ sangue Dorper x ½ sangue Santa Inês, nas fases de cria e de acabamento. A fase de produção das crias foi realizada em caatinga nativa e a fase de acabamento em confinamento. As matrizes foram suplementadas nos últimos 50 dias de prenhez e nos primeiros 30 dias de lactação. As crias foram desmamadas aos 70 dias de idade, divididas em três lotes e confinadas, alimentadas com capim-elefante (Pennisetum purpureum) ad libitum e concentrado na proporção de 1,5%, 2,5% e 3,5% do peso vivo, respectivamente. O sexo não exerceu influência sobre os pesos no nascimento, no desmame, nem sobre o ganho em peso até o desmame. Não foi observada influência do sexo sobre os pesos e os ganhos em peso aos 30 e 50 dias de confinamento. Nas fases de produção e acabamento em confinamento, os animais de nascimento simples foram superiores aos de nascimento duplo quanto a essas variáveis. Houve efeito linear significativo para peso e ganho em peso aos 30 e 50 dias de confinamento. Os três níveis de uso de concentrado foram economicamente viáveis. As margens brutas de peso vivo, por kg de cordeiro produzido, foram de R$ 0,26 kg-1, R$ 0,30 kg-1 e R$ 0,36 kg-1 para concentrados a 1,5%, 2,5% e 3,5% do peso vivo, respectivamente. Os melhores resultados econômicos foram obtidos quando o nível de concentrado foi de 3,5% do peso vivo.

Autor: BARROS, Nelson Nogueira; VASCONCELOS, Vânia Rodrigues de; WANDER, Alcido Elenor ; ARAUJO, Marcelo Renato Alves de
Fonte:http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_abstract&pid=S0100-204X2005000800014&lng=en&nrm=iso&tlng=pt

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CAEV - Pequenos ruminantes

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Lentivírus de pequenos ruminantes (CAEV e Maedi-Visna): revisão e perspectivas.

Os lentivírus de pequenos ruminantes (SRLV), cujos protótipos são os vírus da Artrite-Encefalite Caprina (CAEV) e Maedi-Visna, são patógenos amplamente distribuidos, os quais causam doenças degenerativas progressivas lentas em caprinos e ovinos, determinando importantes perdas econômicas. Estes vírus causam infecções persistentes com período de incubação longo e causam inflamatórias e degenerativas. As lesões são induzidas em tecidos específicos do hospedeiro como articulações, pulmões, CNS e glandulas mamárias devido à replicação viral em células da linhagem monocítico-fagocitária que são as principais células-alvo. A infecção ocorre principalmente durante os primeiros meses de vida, através da ingestão de vírus no leite ou colostro de cabras ou ovelhas infectadas. A indução da resposta imunológica é variável e não protege contra a infecção. O diagnóstico é baseado primariamente na detecção de anticorpos para SRLV, geralmente por imunodifusão em gel de agar (AGID) e enzyme linked immunosorbent assay (ELISA). O diagnóstico e separação ou descarte dos animais soropositivos associado ao uso de certas práticas de manejo, especialmente das crias, são os principais meios implementados para prevenir a disseminação de SRLV, uma vez que ainda não existe vacina contra o vírus. As estratégias adotadas pelos SRLV para enfrentar o sistema imune dificultam o diagnóstico da infecção, controle ou prevenção da disseminação de SRLV. Esta revisão apresenta alguns aspectos das lentivíroses de pequenos ruminantes baseadas em estudos filogenéticos de amostras isoladas, aspectos clínicos e imunopatológicos.

Autor: CALLADO, Ana Karina Cunha; CASTRO, Roberto Soares de and TEIXEIRA, Maria Fátima da Silva.
Fonte:http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_abstract&pid=S0100-736X2001000300001&lng=en&nrm=iso&tlng=pt

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Morada Nova - Ponderal

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Avaliação dos fatores ambientais no desenvolvimento corporal de cordeiros deslanados da raça Morada Nova.

Foram analisados registros de um rebanho de ovinos da raça Morada Nova, coletados num período de 11 anos (1981 a 1991), com o objetivo de avaliar os efeitos de ambiente sobre as características de crescimento dos cordeiros. Os efeitos de ano de nascimento (A), sexo do cordeiro (S), tipo de nascimento (T) e peso da ovelha ao parto (P) foram importantes fontes de variação para explicar as diferenças nos pesos corporais ao nascimento (PN), ao desmame (PD), aos seis meses (PM6) e aos 12 meses de idade (PM12). Os cordeiros machos foram mais pesados que as fêmeas em todas as idades estudadas. Cordeiros nascidos e criados como simples (SS) pesaram mais que os nascidos duplos e criados como simples (GS) e os nascidos e criados como duplos (GG). A idade da ovelha (I) teve efeito significativo sobre PN, PD e PM6. Concluiu-se que práticas de manejo alimentar devem ser utilizadas para reduzir os efeitos dos fatores ambientais, como ano de nascimento, tipo de nascimento e peso da matriz ao parto, no desenvolvimento corporal dos cordeiros. Fatores de ajuste para sexo do cordeiro, tipo de nascimento e idade da ovelha devem ser estimados e considerados em programas de seleção, a fim de avaliar melhor o crescimento dos cordeiros da raça Morada Nova.

Autor: FERNANDES, Antônio Amaury Oriá; BUCHANAN, David; SELAIVE-VILLARROEL, Arturo Bernardo.
Fonte:http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_abstract&pid=S1516-35982001000600012&lng=en&nrm=iso&tlng=pt

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Morada Nova - Pele

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Características anátomo-estruturais da pele de ovinos (Ovis áries L.) lanados e deslanados, relacionadas com o aspecto físico-mecânico do couro.

O objetivo do estudo foi estabelecer as diferenças anátomo-estruturais da pele de ovinos deslanados da raça Morada Nova e ovinos lanados da raça Polwarth ou Ideal, relacionadas com as características físico-mecânicas dos couros. Foram utilizados dez animais de ambas as raças, com cinco animais de aproximadamente um e quatro anos de idade em cada raça. Os animais foram abatidos e, imediatamente após a esfola, foram retiradas amostras visando o estudo comparativo da pele nas regiões dorsal, lateral, ventral, anca e paleta. As peles dos ovinos Ideal apresentaram a camada termostática da derme maior que a camada reticular, com grande densidade folicular e glandular, ao contrário das peles dos ovinos Morada Nova, nas quais as referidas camadas tinham aproximadamente a mesma espessura, com menor densidade folicular e glandular. As peles foram depiladas, desengraxadas, curtidas ao cromo e recurtidas. Dos couros, nas regiões estudadas, foram retirados três corpos-de-prova nas direções paralela e perpendicular ao eixo céfalo-caudal, para os ensaios físico-mecânicos de resistência à tração, ao rasgamento e à distensão no lastômetro. A média dos resultados dos ensaios físico-mecânicos foram comparadas pelo teste de Tukey a 1 e 5% de probabilidade. A raça, a idade, a região e a posição exerceram efeito positivo nos valores de resistência do couro à tração, para os ovinos Morada Nova com quatro anos de idade, atingindo o mínimo de 200 kg/cm2. A região e a posição exerceram efeito positivo nos valores de resistência do couro ao rasgamento para as duas raças de ovinos estudadas, atingindo o mínimo de 40 kg/cm. A resistência do couro à distensão, no ensaio de lastômetro, foi superior a 8 mm, para todos os animais estudados, revelando elevada elasticidade dos couros, não sendo influenciada pela raça, idade, região ou posição.

Autor: JACINTO, Manuel Antonio Chagas; SILVA SOBRINHO, Américo Garcia da and COSTA, Roberto Germano.
Fonte:http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_abstract&pid=S1516-35982004000400020&lng=en&nrm=iso&tlng=pt

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Santa Inês - Cruzamento

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Desempenho de cordeiros Santa Inês puros e cruzadoss Santa Inês com Texel, Ile de France e Bergamácia.

O trabalho foi desenvolvido com o objetivo de estudar o efeito do sexo dos animais, do grupo genético e do peso de abate no desempenho de animais confinados. Foram utilizados 103 cordeiros, machos e fêmeas, Santa Inês puros (SS) e cruzas Santa Inês com Texel (TS), Ile de France (FS) e Bergamácia (BS), confinados em gaiolas individuais. Mediram-se a dieta fornecida e as sobras diárias, para cálculo do consumo de matéria seca (MS), energia metabolizável (EM), proteína digestível (PD) e fibra em detergente neutro (FDN). Os cordeiros foram abatidos em quatro pesos: 15, 25, 35 e 45 kg de peso vivo. Avaliaram-se o ganho de peso diário (GPD), o número de dias no confinamento (ND), a conversão alimentar (CA) e o consumo de MS, PD, EM e FDN, nas três fases de crescimento: 15 a 25 kg (1), 25 a 35 kg (2) e 35 a 45 kg (3). Também foram avaliados as idades de abate (IA), o peso do corpo vazio (PCVZ) e rendimento de carcaça (RC). Aos 35 e 45 kg, os cordeiros TS e FS apresentaram IA inferiores e as cordeiras SS, IA superiores. O ND dos cordeiros BS de 35 a 45 kg foi maior que dos TS. Aos 35 e 45 kg, o PCVZ dos cordeiros TS e FS foram menores. Os melhores GPD foram dos cordeiros TS, seguidos do FS e SS. Os consumos de MS, PD, EM e FDN foram semelhantes entre os grupos genéticos, nas fases 1 e 2 de crescimento. Verificou-se que os cordeiros TS tenderam a aumentar o consumo, com o incremento de peso, enquanto os outros grupos tenderam a diminuir. A CA elevou-se com o aumento de peso, com exceção dos machos FS. Os machos não apresentaram diferenças na CA entre os grupos genéticos, entretanto, as fêmeas TS e FS apresentaram valores melhores. Aos 35 e 45 kg, as fêmeas apresentaram maiores RC que os machos. Aos 35 kg, os melhores RC foram dos machos TS.

Autor: FURUSHO-GARCIA, Iraides Ferreira et al.
Fonte:http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_abstract&pid=S1516-35982004000600027&lng=en&nrm=iso&tlng=pt

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Santa Inês na Brachiaria

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Idade de desmame de cordeiros deslanados para terminação em confinamento, no litoral norte da Bahia.

Trinta e dois cordeiros (16 machos e 16 fêmeas) deslanados mestiços de Santa Inês, criados com as matrizes em pastagem de Brachiaria humidicola e suplementados em creep-feeding no período noturno, foram distribuídos em delineamento inteiramente casualizado, em esquema fatorial 4x2 - quatro idades de desmame (56, 70, 84 e 98 dias) e sexo, com o objetivo de determinar a melhor idade para o desmame desses animais. Ao desmame, os cordeiros foram confinados, até completarem 126 dias de vida, em baias individuais, onde receberam feno de Tifton 85 (Cynodon spp. cv Tifton 85), água e sal mineral ad libitum e ração concentrada na proporção de 2% do peso vivo. Houve efeito significativo da interação dos fatores idade de desmame e sexo sobre GPC e GPD, em que os cordeiros desmamados aos 84 dias foram superiores às cordeiras desmamadas com a mesma idade. Não se observou efeito significativo na interação dos fatores idade de desmame e sexo sobre GPND e CAC. Verificou-se efeito quadrático da idade de desmame para as variáveis GPND, GPD e CAC. Não se observou efeito significativo do sexo em nenhum dos parâmetros avaliados. A idade de desmame de 76 dias proporcionou maximização dos parâmetros GPND e GPD, enquanto a CAC mais eficiente foi observada nos animais desmamados aos 72 dias.

Autor: FREITAS, Davi Correia de et al
Fonte:http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_abstract&pid=S1516-35982005000400037&lng=en&nrm=iso&tlng=pt

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Santa Inês

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Produção, composição e rendimento em queijo do leite de ovelhas Santa Inês tratadas com ocitocina.

Objetivou-se avaliar a produção, a composição e o rendimento (na fabricação de queijos) do leite de ovelhas Santa Inês tratadas ou não com ocitocina. Os animais foram mantidos em regime de confinamento e receberam uma dieta com 12% de PB e 65% de NDT. As ovelhas foram distribuídas em dois tratamentos: ordenha manual com injeção endovenosa de três UI de ocitocina e ordenha manual sem injeção de ocitocina (grupo controle). Realizou-se uma ordenha diária, de modo que, até a desmama, as ovelhas permaneceram diariamente com os cordeiros durante 14 horas. Os cordeiros foram desmamados aos 60 dias e as ovelhas continuaram sendo ordenhadas uma vez ao dia até o final da lactação. Foram coletadas amostras de leite para análise dos teores de gordura, de sólidos totais e de sólidos desengordurados. A duração média da lactação foi de 225±27,24 e 210±38,77 dias para as ovelhas controle e tratadas com ocitocina, respetivamente. Até os 133 dias de lactação, o tratamento com ocitocina (141,63±51,52 kg) foi superior ao controle (89,39±16,65 kg), entretanto, durante todo o período de lactação, não diferiu (169,64 ± 71,05) do controle (119,72±32,73). As porcentagens de gordura (5,84±0,44 e 4,96±0,47), sólidos totais (17,40±0,42 e 16,18±0,57) e sólidos desengordurados (11,57±0,15 e 11,22±0,25) no leite foram influenciadas pela aplicação de ocitocina. Os resultados revelaram diferença significativa para as ovelhas tratadas com ocitocina, as quais apresentaram maior produtividade e, inclusive, melhor composição química do leite. A aplicação de ocitocina é recomendada para animais não adaptados à rotina de ordenha. O leite das ovelhas Santa Inês apresentou rendimentos de 4,80; 8,29 e 5,99 L/kg para os queijos tipo azeitão, pecorino e roquefort, respectivamente.

Autor: RIBEIRO, Louiziane Carvalho et al
Fonte:http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_abstract&pid=S1516-35982007000200022&lng=en&nrm=iso&tlng=pt

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Condição Corporal

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Influência da suplementação no pré-parto e da idade de desmama sobre o desempenho de cordeiros terminados em confinamento

Objetivou-se avaliar o efeito da suplementação no pré-parto e da idade à desmama sobre o desempenho de cordeiros terminados em confinamento. Foram utilizadas 44 matrizes mestiças Ile de France × Bergamácia acasaladas com cordeiro Ile de France mantidas em pastagem de Panicum maximum cv. Tanzânia, em sistema de pastejo rotacionado, até 30 dias antes do parto, quando foram separadas em dois grupos. No pré-parto, apenas o primeiro grupo (SUPL) recebeu suplementação (1% peso vivo) com dieta balanceada. Após o parto, ambos os grupos, com (SUPL) e sem suplementação (NS), receberam suplementação. Por sorteio, metade dos cordeiros de cada grupo foi desmamada aos 45 dias e a outra metade, aos 60 dias de idade. Após a desmama, os cordeiros foram mantidos em confinamento com dieta balanceada e abatidos aos 30 kg de PV, após jejum de sólidos de 16 horas. O peso e a condição corporal ao parto das ovelhas diferiram entre os grupos, o que não ocorreu ao desmame. Os peso ao nascimento e ao desmame, o ganho de peso do nascimento ao desmame e do desmame ao abate, o período em confinamento e a idade ao abate não diferiram entre os cordeiros. O peso ao desmame e o ganho de peso do desmame ao abate foram influenciados pela idade à desmama (os cordeiros apresentaram 0,20 kg aos 45 dias e 0,15 kg aos 60 dias de idade). A suplementação proporcionou melhor condição corporal às ovelhas e a desmama aos 45 dias promoveu melhor desempenho aos cordeiros.

Autor: ROSA, Gilberto Teixeira da; SIQUEIRA, Edson Ramos de; GALLO, Sarita Bonagurio; MORAES, Sofia Simões Silveira.
Fonte:http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_abstract&pid=S1516-35982007000400027&lng=en&nrm=iso&tlng=pt

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Habilidade Materna

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Relação materno-filial da raça Morada Nova recebendo dietas com três níveis de energia, ao final da gestação

Objetivou-se com este trabalho avaliar os efeitos de diferentes níveis de energia ofertados no terço final da gestação sobre o comportamento materno-filial de animais da raça Morada Nova. O experimento consistiu de três tratamentos - três grupos de oito matrizes, alimentadas com dietas isoprotéicas contendo diferentes níveis energéticos (2,0; 2,4 e 2,8 Mcal EM/kg MS), com oito repetições cada. Observou-se efeito dos tratamentos sobre as variáveis comportamentais maternas avaliadas (vocalização, ato de cheirar e lamber a cria e a posição da ovelha em pé ou deitada), nas ovelhas, mas não foi observada diferença para os comportamentos filiais (posição da cria, tempo decorrido do nascimento à primeira vez que ficou de pé, tempo decorrido do nascimento à primeira mamada, tempo total de mamadas) dos cordeiros. A mobilização de reservas ou o carreamento direto de nutrientes da dieta para o crescimento fetal normal, nos grupos alimentos com dietas contendo 2,0 e 2,4 Mcal EM/kg MS, minimizaram os possíveis efeitos sobre o comportamento filial dos cordeiros. Mesmo sob interferência no relacionamento com as crias, ovelhas Morada Nova conseguiram manter as condições dos cordeiros inalteradas em todos os tratamentos.

Autor: MARIZ, Tobyas Maia de Albuquerque et al.
Fonte:http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_abstract&pid=S1516-35982007000800024&lng=en&nrm=iso&tlng=pt

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Raça Materna Brasileira

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Tive a oportunidade e o prazer de ler na edição 125 da revista O Berro, a reflexão de Rinaldo do Santos, “O Santos Inês, que sai e o que fica”. Levei um justo, por ter entendido que, nesses anos todos de muita euforia, o que fizeram foi estragar a raça Santa Inês. Isso, depreendi ao ler o seguinte texto: “A raça Santa Inês gastou muitos anos investindo em exposições, leilões, festas, brilhantismo, sem dedicação aos produtores de carne. Essa falta de foco já profetizava um tombo; desabou!

No final do artigo, Rinaldo, indica como será o Santa Inês: “Assim, o Brasil irá assistir um retorno ao velho Santa Inês e também ao surgimento de um novo Santa Inês. O importante é que atenda todos os interesses dos produtores de carne. Para isso, precisa ser novo! Então, o velho tornar-se-á o novo.” E aproveita pra dá uma alfinetada nos dirigentes das Associações de criadores e nos juízes de provas: “É preciso, no entanto, seriedade no comando das Associações, das Provas Zootécnicas, para que não aconteçam tombos que provocam estagnação e prejuízos. O tempo de aprendizado chegou ao fim: agora é hora de agir profissionalmente.”

Confesso que não sabia dessa falta de seriedade no comando e nos julgamentos. Fiquei surpreso mesmo, pois muita gente deve ter comprado gato por lebre e provável que muitos tiveram prejuízos. Se eu fosse dirigente de alguma Associação de criadores da raça ou juiz de prova zootécnica, procuraria um buraco pra enfiar a cara. Por outro lado, também fiquei intrigado com a afirmação de que será preciso voltar ao velho Santa Inês. Ora, se o Santa Inês atual, moderno, não atende as necessidades básicas para produção de carcaça de qualidade, o velho também não. Isso nós todos sabemos!

Entretanto, percebe-se com facilidade pela leitura desse excelente artigo de Rinaldo dos Santos é que o Brasil precisa, urgentemente, de uma raça ovina deslanada que reúna o máximo de qualidades desejáveis para uma raça materna, pois, aparentemente, raça paterna, de qualidade, já existe.

Com o objetivo de contribuir na discussão do tema, quero tecer algumas considerações tiradas, literalmente, do Documento 75 – Raça Morada Nova: Origem, Características e Perspectivas, elaborado pelos doutores Olivardo Faço, Samuel Rezende Paiva, Leonardo de Rago Nery Alves, Raimundo Nonato Braga Lobo e Luciana Cristine Vasques Villela, todos da Embrapa, cuja competência e seriedade dispensa comentários; bastam elogios. Da leitura desse trabalho, podemos extrair, entre outras, os seguintes pontos:

a) Existem diversas raças nativas, plenamente adaptadas às condições brasileiras.
b) Essas raças correm risco de descaracterização ou de extinção.
c) A indicação das qualidades desejáveis em uma raça materna.

De início, os pesquisadores afirmam que: “A raça Morada Nova é uma das principais raças nativas de ovinos deslanados do Nordeste do Brasil. No entanto, a despeito do crescimento que vem sendo observado no efetivo ovino brasileiro, os rebanhos dessa raça vêm reduzindo de tamanho a cada ano, sendo que muitos criadores têm optado pela criação de outras raças como a Dorper e, principalmente, a Santa Inês. Tal fato, somado ao cruzamento indiscriminado com animais de raças exóticas, tem posto em risco a existência e a preservação deste importante genótipo.”

Vejam o estrago que a falta de seriedade e profissionalismo trás para uma comunidade, um pais, um povo. De um modo geral os pesquisadores afirmam que "Os ovinos deslanados brasileiros são explorados para produção de carne e pele, sendo esta muito apreciada no mercado internacional. Por serem animais de pequeno porte e bem adaptados às condições climáticas do semi-árido, são importantes nas pequenas propriedades, onde constituem fonte de proteína na alimentação da população rural. Além disso, a raça apresenta características que são muito importantes em sistemas de produção de carne ovina e que não são observadas em outras raças nativas. "

Chama-nos a atenção o detalhe de que a raça Morada Nova possui características desejáveis não observadas em outras raças nativas. Isso é muito importante e sério! Vejam que material impar nós temos. É muita irresponsabilidade e burrice (que me perdoem os burros) deixar material desse quilate se perder ou deteriorar. Muito bem. Outra lição que tiramos do Documento 75 é o conjunto de características desejáveis a ser fixada na raça materna ovina brasileira: “... baixo peso adulto, grande adaptação ao ambiente tropical, elevada prolificidade, não estacionalidade reprodutiva, boa habilidade materna e excelente qualidade de pele.“ E, de modo indireto, acrescenta que é preciso também boa carcaça e bom desenvolvimento ponderal.

De outra forma, o quadro mostra, de maneira cristalina, parte do material genético disponível que temos, e que pode e deve ser trabalhado. Isto posto, quero destacar as algumas características desejáveis que a raça materna brasileira para carne deve possuir.

Peso adulto

Levando em consideração que grande parte dos custos envolvidos em um sistema de produção de carne ovina reside na manutenção das matrizes e que as mais pesadas apresentam maior exigência nutricional para sua mantença, se pode deduzir que é menos eficiente a criação de matrizes de elevado peso adulto. Portanto, o peso adulto é uma característica muito importante do ponto de vista da economicidade de um sistema de produção de carne ovina.”

Uma visão inteligente, estratégica, coerente e profissional. Ora, se o objetivo é produzir cordeiro para abate aos 100, 120 dias de idade e peso em torno de 25kg, pra que matriz com mais de 50kg? Por outro lado, não podemos esquecer que o consumo diário de matéria seca para mantença, em ovinos, é em torno de 5% do peso vivo (PV). Assim, quanto mais pesada, maior o consumo de MS. Do trecho a seguir podemos extrair informações preciosas sobre outras vantagens de a matriz ovina (raça materna) possuir peso adulto de no máximo 50kg.

Sob tais condições, Figueiredo et al. (1989), em estudo de simulação, concluíram que a eficiência de produção de carne ovina da raça Morada Nova no Nordeste do Brasil se reduz com o aumento do potencial genético para o peso adulto e estimaram que a melhor performance produtiva para as ovelhas Morada Nova aconteceria quando estas alcançassem 40 kg de peso corpóreo, produzindo 1,50 kg de leite no pico da lactação e com uma taxa de ovulação de 2,75. No referido estudo, Figueiredo et al. (1989) simularam ainda matrizes com peso de 30 e 50 kg, produção de leite de 1,125 e 1,875 kg e taxa de ovulação de 1,65 e 2,20, sendo que os melhores genótipos foram sempre aqueles de peso adulto de 40 ou 30 kg. Além disso, ovelhas muito pesadas tendem a apresentar menor performance reprodutiva, devido a uma correlação negativa entre o peso corporal e a prolificidade (SELAIVE-VILLARROEL; FERNANDES, 2000).”

Podemos observar que peso adulto baixo, produção de leite em torno de 3%PV e taxa de ovulação de 1,65 e 2,20 são adequadas.

Adaptação ao meio

Vale salientar que a adaptação de um genótipo ou raça a determinada condição ambiente ou de criação não se faz sentir tão somente em parâmetros fisiológicos como temperatura corporal, freqüência respiratória, etc. Na verdade, considera-se adaptado a uma condição de produção aquele genótipo ou raça que é capaz de produzir e, principalmente, no caso de animais produtores de carne, se reproduzir com eficiência sob tais condições.”

Simples, precisa e fácil de compreender a mensagem desse trecho. Desnecessário, mas podemos acrescentar que quanto menor a variação da temperatura corporal no decorrer do dia, maior é a adaptabilidade da raça ao estresse climático. Logo, podemos inferir que a Temperatura Retal (TR), a Frequência Cardíaca (FC) e a Freqüência Respiratória (FR) menores no período da tarde são indicativos de boa adaptabilidade ao meio.

Fertilidade

Num conceito amplo, para que uma matriz seja considerada fértil, é preciso que ela apresente cio, seja coberta, tenha uma gestação normal, venha a parir a termo, produza leite suficiente para alimentar adequadamente sua(s) cria(s) e apresente um comportamento materno que reflita a capacidade de cuidar da(s) cria(s) até a desmama. Dada sua complexidade, a fertilidade é avaliada indiretamente através de várias características relacionadas. Dentre estas, se pode citar: idade ao primeiro estro, idade ao primeiro parto, período de gestação, intervalo de partos, taxa de cobertura, taxa de fecundidade, taxa de parição, prolificidade, número de cordeiros desmamados por ovelha exposta, peso total das crias ao nascer, peso total das crias ao desmame e sobrevivência das crias do nascimento à desmama. Segundo Machado et al. (1999), as ovelhas deslanadas apresentam um elevado potencial reprodutivo por serem fêmeas poliéstricas anuais, apresentando estro, ovulação e parição durante o ano todo.”

Eis mais algumas características desejadas em uma matriz. E o bom é que o Brasil possui esse material. Além do que, existem outros em outros paises com os quais mantemos acordos sanitários e comerciais.

Precocidade Sexual

“A idade à puberdade e a idade ao primeiro parto são características indicativas da precocidade sexual das fêmeas, estando ambas relacionadas ao peso corporal. Silva et al. (1988) destacaram que o conhecimento da idade, do peso e da taxa de ovulação à puberdade de ovinos deslanados permite adotar manejos que reduzirão o intervalo de gerações, acelerando desta forma a eficiência produtiva e contribuindo para o melhoramento genético, sendo a seleção de animais precoces muito importante para a produção.”

“... os ovinos da raça Morada Nova mostraram-se mais precoces, apresentando o primeiro estro cerca de 13% mais cedo do que a raça Santa Inês, porém, não muito diferente do da raça Somalis Brasileira. Segundo estes autores, a raça é portadora de fatores genéticos que favorecem o melhor desenvolvimento fisiológico e sexual, tornando-a bem adaptada, pois mesmo em condições adversas atinge precocemente a puberdade. “

Informações surpreendentes. A idade à puberdade e a idade ao primeiro parto estão diretamente relacionadas ao peso corpora. Pode-se, então, inferir que o peso menor da fêmea adulta implica que mais cedo ela vai emprenhar. Prova disso é a raça Morada Nova, uma das mais leves, ser tão precoce:

Prolificidade

A prolificidade expressa o número médio de crias nascidas por parto. Para uma elevada prolificidade faz-se necessário uma elevada taxa de ovulação, elevada taxa de concepção, baixa mortalidade embrionária, baixa taxa de abortos e partos normais. (...) Lôbo et al. (1992) explicou que a presença de mais de um feto no útero ocasiona uma disputa tanto por espaço quanto por nutrientes, levando assim à superioridade de peso observada em animais oriundos de partos simples. Apesar dessa superioridade, é mais vantajoso, economicamente, selecionar ovelhas com maior prolificidade, pois estas produzem maior volume de carne ao abate, desde que se atenda à melhoria nas condições ambientais e, principalmente, nas nutricionais (FIGUEIREDO, 1986).”

É verdade. Há diversas vantagens no parto gemelar, dentre eles podemos citar: (a) parto facilitado em face de as crias possuírem pesos e tamanhos menores ao nascer; (b) aumento na taxa de prolificidade; (c) maior produção de carne por matriz; e (d) maior retorno financeiro. É fato que as crias gemelares ao nascerem possuem pesos relativamente baixos, o que seria a causa de elevada taxa de mortalidade infantil. Em parte, isso é verdade. Porém não é absoluta. Se a matriz for boa produtora de leite e possuir boa habilidade materna, metade do problema está solucionado. Os outros cinqüenta por cento vêm do manejo nutricional e sanitário tanto da matriz – antes e durante a gestação e durante a lactação - quanto das crias durante o período de amamentação.

A verdade é que os criadores, ainda, pensam que bicho que sobrevive comendo capim e mato não precisa de cuidados adequados quando submetidos à produção intensa. Essa mentalidade precisa mudar, ou vamos continuar pastando e ruminando nossas mágoas!

Sobrevivência

A morte da cria é, literalmente, um desastre. É prejuízo líquido e certo! Todo o esforço e custos despendidos foram pro beleléu. Assim, a taxa de sobrevivência ou a taxa de mortalidade infantil são indicadores fundamentais. Neste aspecto a Escrituração Zootécnica é ferramenta imprescindível em qualquer criação. Segundos alguns estudos, taxa de mortalidade acima de 5%, podem acabar com o seu negócio. Um outro aspecto da Escrituração Zootécnica é o fato de que além de fornecer números, ela pode fornecer as causas da mortalidade. Os softwares mais modernos e avançados possuem essa característica, entre outras bastantes úteis.

Eficiência Reprodutiva e Produtividade

O Intervalo Entre Parto (IEP), a Taxa de Cobertura (TC), a Taxa de Parição (TP), a Taxa de Prolificidade (TPr), a Taxa de Fertilidade (TF), Taxa de Desmame (TD), entre outras, são alguns dos indicadores que a Escrituração Zootécnica mostram sobre o desempenho do rebanho. Na espécie ovina e também na caprina, fêmea parideira é aquela que tem um parto a cada 7, 8 meses. Nas raças nativas deslanadas, geralmente, isso ocorre. São fêmeas Poliéstricas anuais. Entretanto, tudo tem um preço. Para se ter um parto, e se possível gemelar, a cada 8 meses (245 dias) é preciso manejos sanitário e nutricional perfeitos.

“... existem algumas características que, por serem finalísticas, ou seja, representarem o resultado final de um longo processo, representam melhor a produtividade das fêmeas de um rebanho. Neste sentido, mais importante do que uma elevada prolificidade é a quantidade, em quilogramas, de cordeiros desmamados por matriz. Em média, os resultados encontrados na literatura indicam peso total de crias desmamadas por matriz de 13,6 kg, variando desde 10,62 até 15,16 kg. Vale salientar que este desempenho depende muito das condições de criação, sobretudo do suporte alimentar.”

É fato. É preciso desmamar o máximo de cordeiro e com maior peso possível. Devemos lembrar que a fêmea realizou, até o parto, vários papéis no processo produtivo: entrou em cio; deixou-se cobrir, emprenhou, suportou gestação de cinco longos meses e pariu. É muita coisa! Contudo, ainda tem mais. Tem que cuidar e amamentar a cria. E o criador, o que tem que fazer? Pouca coisa. Basta cuidar para que ela e a cria tenham comida e água de qualidade em abundância. Animal bem alimentado não adoece.

Peso e Desenvolvimento Ponderal

O bom desenvolvimento da cria é muito importante. Isso depende de alguns fatores. O peso ao nascer é um deles. Animal com peso ao nascer inferior a 3kg é problemático, quando a raça possui peso adulto superior a 50kg. Para as raças leves (Morada Nova, por exemplo) nascer leve faz parte de sua genética; É normal, ele aquenta! De qualquer forma, animal muito leve requer mais cuidados. Porém, nada difícil de fazer. Entretanto, o desenvolvimento ponderal precisa ser bom. Como o objetivo é que o animal esteja pronto para o abate aos 120 dias de idade e peso vivo de 28kg, tem-se que ele precisa engordar, em média, 200g/dia. É muito para o ovino deslanado. Mas não será para os cruzados, em face da heterose e da raça pai utilizada. Comida de qualidade e abundante é o outro pilar. Considerando que é salutar que o animal tenha baixo peso ao nascer, é fundamental que o maior o desenvolvimento ponderal seja elevado. Altas taxas de desenvolvimento ponderal são possíveis? Sim. Basta observar o que fizeram com o frango e com o porco.

Um aspecto que deve ser perseguido é que a fêmea produza muito leite por pouco tempo (60, 90 dias), diferentemente do que se busca nas raças leiteiras. O leite é o principal alimento da cria nos primeiros 60 dias de vida. Quanto mais a cria ingeri-lo, melhor; mesmo porque, é por volta dos 50 dias de idade que a cria passar a ser um ruminante completamente.

A título de curiosidade, as crias da baleia azul nascem, em média, com 8 metros de comprimento e com 2.5 toneladas. São amamentadas durante cerca de 8 meses, consumindo 380 litros de leite por dia. Quando se tornam independentes das suas mães têm 16 metros e pesam 21 toneladas. Quando adulto, pesam cerca de 150 toneladas.

Carcaça

Esse é o calcanhar de Aquiles das raças deslanadas. Os deslanados não têm lombo e nem pernil. Aliás, a carcaça toda é muito fraca; pouca carne e nenhuma nobre. Até parece que foram produzidas pra alimentar leões e hienas. Mas isso é razoavelmente fácil de resolver. O cruzamento, onde o macho é raça com boa carcaça já ajuda. Porém, é importante que a raça mãe, deslanada, tenha, também, razoável lombo e pernil. Sabemos que isso é possível. Exemplo disso: o Dorper, Texel, Dorset, entre outras são produtoras de excelentes carcaças.

Pele

Não só de carne viver a ovinocultura. A pele do deslanada é cobiçada pelo mercado internacional. Pode ser um produto nobre tanto quanto a carne. O Morada Nova é prova disso. Logo, é mais uma das características que uma boa raça precisa possuir.

Conclusão

O Brasil precisa desenvolver uma ou mais raças deslanadas que reúnam todas as qualidades desejáveis para a produção economicamente viável de carne em abundancia. Isso é possível e, hoje, mais fácil do que antes e será muito mais fácil a cada dia em face do avanço tecnológico em vários segmentos, notadamente no campo da genética.

O melhoramento genético das raças nativas existentes é possível e viável. A criação de raças sintéticas é possível, viável e recomendável. Matéria prima pra isso existe. Basta criar o produto. Utopia?! De jeito nenhum! É mais fácil do se possa imaginar. Eu acredito; Melhor, eu tenho fé. E fé move montanha. O que precisa é aquilo de o Rinaldo dos Santos disse: seriedade e profissionalismo. E eu, acrescentaria: persistência, união, parceria, apoio técnico e financeiro, e mãos à obra.

Autor: Ananias Duarte
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Artigo publicado na revista o Berro, ed. 127, pag 96.