quarta-feira, 2 de dezembro de 2009

Cabras: Soja e Própolis

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Óleo de soja e própolis na alimentação de cabras leiteiras: consumo de matéria seca e de nutrientes e parâmetros de fermentação ruminal.

Objetivou-se avaliar a inclusão de níveis crescentes de óleo de soja (0; 1,5; 3,0; 4,5; 6,0; e 7,5% da MS), extrato etanólico de própolis (0; 1,0; 2,0; 4,0; 8,0 e 12,0 mL/animal/dia, 50% p/v de própolis moída em solução alcoólica a 70% em água) e própolis bruta moída (0; 0,5; 1,0; 2,0; 4,0 e 6,0 g/animal/dia) na alimentação de cabras leiteiras. Avaliaram-se o consumo de MS e de nutrientes e alguns parâmetros de fermentação ruminal, como pH, amônia (NH3), ácidos graxos voláteis (AGV) e atividade específica de produção de amônia (AEPA) pela microbiota ruminal. Foram utilizadas seis cabras Alpinas fistuladas no rúmen, em seis períodos experimentais. As dietas foram compostas de 67% de silagem de milho e 33% de concentrado à base de fubá de milho e farelo de soja. Os animais foram submetidos ao tratamento controle e, em seguida, a cinco níveis crescentes de óleo de soja, extrato etanólico de própolis e própolis bruta moída utilizando-se dois animais para cada produto testado, em seis períodos experimentais. Não houve efeito de níveis de óleo de soja, extrato etanólico de própolis e própolis bruta moída sobre o consumo de MS e de nutrientes e sobre os parâmetros ruminais estudados. Sugere-se, no entanto, a realização de mais pesquisas com a adição de própolis na alimentação de ruminantes, pois existem efeitos antimicrobianos comprovados in vitro e evidências de que seu fornecimento a esses animais reduz a relação acetato:propionato e a concentração de butirato no rúmen.

Autor: LANA, Rogério de Paula et al.
Fonte: Scielo

Saanen: Casca de grão de soja

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Desempenho e digestibilidade dos nutrientes de rações com casca do grão de soja em substituição ao milho para cabras Saanen em lactação e no pré-parto.

Objetivou-se com este experimento avaliar o desempenho produtivo, a digestibilidade da matéria seca e dos nutrientes e a composição do leite de cabras Saanen alimentadas com rações contendo casca do grão de soja (CGS) em substituição ao milho (0, 50 ou 100%CGS) no período da lactação até o pré-parto (30 dias). Foram utilizadas 18 cabras (75,70 ± 10,59 kg) em delineamento inteiramente casualizado. As dietas apresentaram em média 14,82% PB e 2,28 Mcal de EM/kg MS ingerida. Os animais foram mantidos confinados em baias individuais com controle diário da ração ingerida e da produção de leite. No 150º dia de lactação, e também no 20º dia anterior à data prevista para o parto, iniciou-se a coleta de fezes para determinação da digestibilidade da ração e dos nutrientes. Mensalmente, foram coletadas amostras de leite para análise dos principais constituintes. Os níveis de CGS não influenciaram o peso corporal (PC), as ingestões de matéria seca (IMS) e matéria orgânica (IMO), a digestibilidade de matéria seca (DMS), matéria orgânica (DMO) e proteína bruta (DPB) para produção de leite, a eficiência de produção de leite e a composição do leite no período de lactação. Também não afetaram o PC e as digestibilidades de MS e MO no período pré-parto. Os níveis de CGC influenciaram as ingestões de proteína bruta e fibra em detergente neutro e a digestibilidade da fibra em detergente neutro nos dois períodos avaliados. No período pré-parto, os maiores resultados para ingestão de MS e MO, digestibilidade da PB e nitrogênio uréico no plasma foram obtidos no nível de 100%CGS. A utilização de casca do grão de soja em substituição ao milho moído na alimentação de cabras Saanen em lactação não altera o desempenho produtivo e a composição do leite.

Autor: ZAMBOM, Maximiliane Alavarse et al.
Fonte: Scielo

Ovino e Caprino: Carcaça

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Características morfométricas e de carcaça de cabritos e cordeiros terminados em confinamento.

Objetivou-se avaliar o efeito do genótipo sobre as características morfométricas e quantitativas de carcaça de cabritos e cordeiros terminados em confinamento. Foram utilizados 34 animais machos não-castrados (12 cabritos ½ Boer ´ ½ SRD; 12 cabritos ½ Anglo-Nubiana × ½ SRD; e 10 cordeiros Santa Inês) com peso corporal médio de 18,3 kg e idade média de 135 dias no início do experimento. As médias de altura de cernelha, compacidade corporal e perímetro torácico do genótipo Santa Inês foram superiores às dos genótipos caprinos. Os rendimentos de carcaça quente e fria dos genótipos foram semelhantes, porém, as perdas por resfriamento nos mestiços anglo-nubianos e dos cordeiros Santa Inês foram maiores que nos mestiços Boer. Foram observadas diferenças significativas entre genótipos apenas para compacidade da carcaça. Cordeiros depositam mais gordura de cobertura na carcaça e apresentam maior área de olho-de-lombo e circunferência da perna que cabritos.

Autor: SOUSA, Wandrick Hauss de et al.
Fonte: Scielo

Leite de Cabra

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Influência do alimento na produção e qualidade do leite de cabra.

O leite de cabra é considerado um dos alimentos mais completos por apresentar vários elementos importantes para a nutrição humana, constituído de proteínas de alto valor biológico e ácidos graxos essenciais, além de seu conteúdo mineral e vitamínico. Esta revisão tem como objetivo avaliar as variações referentes à composição química e propriedades físicoquímicas do leite, que ocorrem em função de alguns fatores, tais como: climáticos, raça, indivíduo, estágio de lactação e alimentação. O manejo alimentar tem sido considerado um fator preponderante na manipulação dos componentes do leite. Há um entendimento dominante que a gordura é o componente do leite que mais sofre influência dos alimentos. O uso de técnicas biológicas moleculares poderá contribuir para o entendimento do mecanismo de utilização do alimento no rúmen, estabelecendo um novo cenário para a microbiologia ruminal, que pode ser diferente do que tem sido estudado até o momento.

Keywords : alimentação; caprinos; composição química; nutrição; perfil lipídico.

Autor: COSTA, Roberto Germano; QUEIROGA, Rita de Cássia R. E. and PEREIRA, Renata A. G..
Fonte: Scielo

quinta-feira, 26 de novembro de 2009

Controle de Rebanho - VIII

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Na terceira parte deste artigo concluímos, definitivamente, que a finalidade da Escrituração Zootécnica e o que interessa ao criador são as informações geradas a partir dos dados coletados em campo (fazenda). Mas, de que dados estamos falando? Quais, quantos e de que tipos? Didaticamente, podemos agrupar esses dados da seguinte maneira: (1) Identificação; (2) Desenvolvimento; (3) Reprodução; (4) Sanidade; (5) Avaliação; e (6) Manejo.

5. Avaliação:

Hoje, muito mais que ontem, o tema Produtividade é a bola da vez. Em qualquer segmento produtivo é imperativo que os índices de produtividades sejam os maiores possíveis. Mas por que essa agonia toda? Basicamente por dois motivos: (1) na verdade temos, todos nós, que sermos produtivos e quanto mais, melhor; e (2) os preços de venda dos produtos são definidos pelo mercado comprador. Por outro lado, os custos de produção, muita das vezes são tão altos que chegam próximos ou mesmo ultrapassam os preços de venda.

Em face disso é preciso produzir mais com menos. Temos que ser eficientes; Não basta ser apenas eficaz! Produzir mais arrobas por matriz, por hectare, por ciclo produtivo, etc. e etc. Se entendermos que “da porteira pra dentro mando eu; da porteira pra fora quem manda é o mercado”, fica fácil assimilar que a boa gestão de qualquer negócio, entre outras coisas, requer eficiência no processo produtivo, também.

A matriz - bovina, caprina, bubalina ou ovina – é quem produz e, também, quem consome, direta ou indiretamente, os recursos no negócio pecuário. Logo, precisamos dar-lhe toda a atenção e “ficar de olho” nela o tempo todo. Por “ficar de olho” entende-se que devemos avaliar, constantemente, o desempenho de cada matriz e, consequentemente, do rebanho.

O software Capataz® dispõe de recursos que permitem ao criador exercer rígido controle sobre o desempenho das matrizes. Elas são avaliadas em diversas ocasiões e segmentos. O Capataz® avalia a matriz, mediante pontuação, de maneira transparente e automática, quanto à Produção, Reprodução, Desempenho e Sanidade.

quarta-feira, 25 de novembro de 2009

Controle de Rebanhos - VI

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Na terceira parte deste artigo concluímos, definitivamente, que a finalidade da Escrituração Zootécnica e o que interessa ao criador são as informações geradas a partir dos dados coletados em campo (fazenda). Mas, de que dados estamos falando? Quais, quantos e de que tipos? Didaticamente, podemos agrupar esses dados da seguinte sses dados da seguinte sses dados da seguinte maneira: (1) Identificação; (2) Desenvolvimento; (3) Reprodução; (4) Sanidade; (5) Avaliação; e (6) Manejo.

Na quarta parte comentamos sobre os elementos do grupo Identificação, suas particularidades, importância e como o Capataz® lida com eles. Trataremos, agora, do grupo Desenvolvimento. Na quinta parte abordamos os elementos do grupo desenvolvimento, suas particularidades, importância e como o Capataz® lida com eles. Desta feita, falaremos do grupo Reprodução.

Em uma fazenda de cria, evidentemente, o segmento reprodução é crítico. Não há margem para erro. Se a matriz não emprenhar, ter boa gestação e parir pelo menos uma cria, sadia e perfeita, a cada ciclo reprodutivo, pode-se dizer que “a vaca foi pro brejo!” Entretanto, para a fêmea emprenhar, gestar e parir “muita água passa sob a ponte.”, já dizia meu saudoso pai quando se referia a alguma coisa trabalhosa, demorada e custosa.

Sem mais delongas, vamos começar com a fêmea em idade de primeira cobertura. Como ela está? Tamanho, conformação e peso ideais? Sim, não, talvez? Se a resposta for Sim ou não, há evidência de que existe algum controle por parte do criador, pois ele sabe da situação do animal. Se sim, procede a cobertura; Se não, deve identificar as causa da não-conformidade e toma as providências cabíveis, inclusive descartar o animal, se for o caso. Agora, se a resposta for “talvez”; mau sinal! Fazer o que? “- bota ela lá com o reprodutor pra vê que bicho que dá!” Lembra da lei de Murph? Pois é, num vai dá nada; bicho nenhum! Mas é certo que um baita prejuízo o infeliz criador vai ter, isso vai!

Preparar uma fêmea para ser reprodutora começa lá atrás, com o planejamento do acasalamento de seus pais. Entre tantas coisas, é preciso lembrar, constantemente, que a matriz, antes de tudo, tem que ser boa mãe! E pra ser boa reprodutora, o que é preciso? “- Um monte de coisa”, dispara os doutores em reprodução animal.

Bem, sem entrar nas minúcias da genética e outras coisas complicadas, vamos nos ater apenas aos controles inerentes à vida reprodutiva da matriz: (1) idade e peso conformes; (2) apresenta cio; (3) acasalamento planejado (época, reprodutor, etc.); (4) houve cobertura; (5) prenhez confirmada; (6) agenda de eventos subseqüentes à confirmação da prenhez (terço-final, vacinação e vermufigação preventivas, da provável do parto); (7) Registro do fim da gestação (parto, aborto, etc.); (8) Cadastro da cria; (9) avaliação da habilidade materna.

O software Capataz® está preparado para registrar tudo isso, de uma maneira simples e fácil. O Capataz® trabalha o processo reprodutivo da maneira como ele ocorre ou deveria ocorrer. Tudo começa com a avaliação da condição das matrizes e dos reprodutores. Registram-se os exames pertinentes realizados e seus resultados. Se aptas, o Capataz® as libera para a estação de monta.

Segundo passo é formar famílias ou haréns (um reprodutor e suas matrizes) em estação de monta, de maneira que se sabe que aquele grupo de fêmea será coberta por determinado reprodutor. Passo três: observar e registrar os cios; data e hora ou turno. Passo quatro: observar e registrar as coberturas; data e hora ou turno. Quinto passo: realizar exame específico para detecção ou não de prenhez. Registrar o resultado apurado. Sexto passo: Registrar o fim da gestação (data, hora ou turno, tipo de parto, condição do parto, quantidade de crias, sexos e pesos). Sétimo passo: avaliar a matriz quanto a sua performance de mãe (habilidade materna) e registrar os resultados apurados.

Para facilitar todo esse processo, o Capataz® dispõe de formulários específicos para cada etapa (exame, acasalamento, cio, cobertura, prenhez, parto e avaliação). Tudo muito simples e amigável o processo de inclusão dos dados. Na fase de diagnóstico da cobertura, por exemplo, o Capataz® usa o recurso ‘Derived Choice’ para calcular e definir as datas dos eventos subseqüentes no caso de confirmação da prenhez.

terça-feira, 24 de novembro de 2009

Controle de Rebanhos - IV

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Na terceira parte deste artigo concluímos, definitivamente, que a finalidade da Escrituração Zootécnica e o que interessa ao criador são as informações geradas a partir dos dados coletados em campo (fazenda). Mas, de que dados estamos falando? Quais, quantos e de que tipos? Didaticamente, podemos agrupar esses dados da seguinte maneira: (1) Identificação; (2) Desenvolvimento; (3) Reprodução; (4) Sanidade; (5) Avaliação; e (6) Manejo.

Identificação: São informações (dados, no sentido estrito) que tem por objetivo identificar ou distinguir os animais uns dos outros. Basicamente são: (1) o código ou número, exclusivo, que identifica o animal. É, digamos, o cpf do animal. - Geralmente esse número é afixado em uma plaqueta de plástico que é colocada na orelha do animal. É, também, esse código que faz a interface com o usuário do sistema de Escrituração zootécnica. - (2) a data de nascimento; (3) a filiação, e a (4) raça.

No sistema Capataz®, esse grupo é composto por mais de 70 itens. Nossa ... pra que tanto?! Creia, cada um desses itens tem sua razão de ser. O Capataz® usa cada um deles, isoladamente ou em conjunto, para gerar informações úteis.

Você deve está questionado o grau de dificuldade encontrado na coleta desses dados. Bem, o processo de coleta pode ser mais ou menos difícil ou fácil, como queira. O fato é que com planejamento, metodologia, critérios e disciplina adequados, a realização dessa tarefa é mais simples que você possa imaginar.

Por outro lado, também, deve está imaginando que escriturar/registrar esses dados não é tarefa fácil. Pode ser difícil, fácil ou muito fácil. Vai depender do sistema (programa) que você estiver utilizando. Se você utilizar o Capataz®, verá que o registro dos dados coletados é tarefa muito fácil; simples e até divertida.

Outra coisa muito importante que se deve observar ao adquirir um software de Escrituração Zootécnica ou de Controle ou Gerenciamento de Rebanhos: quanto mais ‘amigável’ for o software, melhor! Entende-se por amabilidade a qualidade que o programa possui em interagir com o usuário de maneira a facilitar o trabalho de cadastramento dos dados coletados, bem como o de extrair as informações desejadas.



O Capataz® é um dos softwares de maior interabilidade dentre os existentes no mercado brasileiro. Além de um leiaute harmônico de suas telas (formulários para registro de dados), a atividade de cadastramento é facilitada pelo processo ‘choice down’, o que permite que o usuário escolha, numa lista, o dado a ser registrado ao invés de digitá-lo. Esse mecanismo, além de facilitar o processo de cadastramento, também evita que o usuário cometa erros, comuns nessa atividade.

Outro mecanismo que o Capataz® possui é o ‘Derived Choice’, pelo qual o Capataz® escolhe um determinado dado em função de um ou mais dados anteriormente digitados ou escolhidos. Exemplo: Após escolher os pais do animal que está sendo cadastrado, o Capataz®, sozinho e automaticamente, define qual a pureza racial deste animal em função das purezas do pai e da mãe. Assim, se o pai é PO e a mãe é LA-I, a pureza do animal, escolhida pelo Capataz®, será LA-II.